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Câmera esférica imita o olho humano
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
As câmeras digitais atuais são
fantásticas. Mas até as mais
avançadas, quando comparadas ao olho humano, oferecem
pouca praticidade e baixa qualidade.
Atualmente, pesquisadores
da Universidade de Illinois
(EUA) trabalham no desenvolvimento de uma câmera esférica. A partir da forma e do funcionamento do olho humano,
criaram um circuito com superfície curva.
O sensor possui características semelhantes às dos olhos,
como um largo campo de visão,
que só de forma muito complexa poderia ser reproduzido em
câmeras digitais, disse John
Rogers, pesquisador responsável pelo projeto. "Um dos mecanismos mais importantes do
olho humano encontra-se em
sua membrana detectora, que
não é plana como a superfície
do chip digital."
À frente
Os dispositivos eletrônicos
são construídos normalmente
em chips planos e rígidos. Entretanto, na última década, engenheiros deram dois passos à
frente: o primeiro, ao construir
circuitos em folhas dobráveis.
O segundo, ao inserir circuitos
de silício elástico a uma superfície de borracha.
O segredo da câmera esférica
está em uma rede de sensores
que, ao suportar uma curvatura
de aproximadamente 50% de
seu formato original sem se danificar, possibilita a remoção e
a transferência da placa plana
original para uma superfície de
borracha.
A rede, composta por um
conjunto de minúsculos quadrados de silício fotodetectores, unidas por meio de fitas ultrafinas de polímero e metal, é
inicialmente construída sob
uma placa de silício.
Depois, ela é removida por
processo químico e transferida
para um dispositivo de borracha. Na transferência, o dispositivo é esticado até se tornar
plano e, quando a rede se adere,
ele é recolocado na sua forma
hemisférica natural.
Finalmente, a rede de sensores é conectada a um circuito
que, por meio de um computador, controla a câmera.
A rede é revestida por uma
lente de estrutura globular.
Nessa composição, a rede de
sensores imita a retina do olho
humano, e a lente, a córnea.
Segundo Rogers, o olho eletrônico, simples e compacto,
tem emprego direto na indústria bélica, como tecnologia para gerar imagens de campo. E,
quanto ao seu uso na área de
implante de olhos, Rogers diz
que, no momento, não participa de nenhuma pesquisa para
tornar esse dispositivo biocompatível. Mas a possibilidade não
está descartada.
Tradução de FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS
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