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Livro aborda as origens medicinais do restaurante
Do caldo restaurativo do século 18 ao estabelecimento comercial do século 19, o livro "A Invenção do Restaurante", de Rebecca L. Spang
(ed. Record, 392 págs., R$ 43,00, trad. Cynthia
Cortes e Paulo Soares,), conta a história dessa
invenção parisiense que introduziu uma nova
forma de interação social na vida urbana. No
princípio, era o caldo de carne: "restaurant"
designava, desde o século 15, um preparo medicinal para nutrir doentes crônicos sem agredir seu debilitado sistema digestivo. O "restaurant" diferia dos consomês por sua natureza
muito concentrada.
A professora do University College, em Londres, parte de receitas clássicas do caldo milagroso para analisar o restaurante como espaço
social e explora "como a gastroculinária tornou-se seu próprio campo de conhecimento;
como "gosto" distinguiu-se de "bom gosto'; como a estrutura mítica chamada "gastronomia"
tornou-se parte dominante do retrato da Paris
"moderna".", nas palavras da autora, contextualizando, assim, a invenção da moderna
cultura da comida.
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