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A REALIDADE DO MITO
DO TEMOR AO MAR, À NOITE ATÉ O TERRORISMO,
O AUTOR DO CLÁSSICO "A HISTÓRIA DO MEDO NO OCIDENTE",
QUE FARÁ PALESTRAS NO BRASIL NOS DIAS 25 E 26,
EXPLICA AS METAMORFOSES POR QUE TEM PASSADO
O MEDO AO LONGO DOS SÉCULOS
por Jean Delumeau
O medo é fundamentalmente o medo da morte.
Todos os medos contêm em certo grau essa
apreensão fundamental e, portanto, o medo não
desaparecerá da condição humana ao longo de
nossa peregrinação terrestre. O caráter incontornável desse prazo explica o antigo sonho, seja de uma idade de ouro
situada arbitrariamente em um passado longínquo, seja
de um novo paraíso na terra que recuperasse as condições
encantadoras atribuídas ao primeiro. Em ambas essas situações idílicas, ou a morte é abolida ou é levada a um
tranqüilo adormecimento.
Nesses paraísos terrestres o medo não tem lugar. Essas
evasões da imaginação tiveram um importante papel em
nossa civilização, quer se trate da nostalgia do Jardim do
Éden, quer das esperanças milenaristas que atravessaram
a história desde o Apocalipse até a "nova era" de hoje.
O animal pode ser motivado por uma perspectiva agradável muito próxima, mas não conhece a esperança. Assim também o homem antecipa sua morte muito mais que
o animal. Um psiquiatra escreveu: "O medo nasceu com o
homem na mais obscura das eras. Ele nos acompanha durante toda a nossa existência". Mas os medos podem mudar conforme as épocas e os locais, em razão das ameaças
que pairam sobre nós. Durante muito tempo, os principais perigos que ameaçaram a humanidade, e portanto os
principais medos, vieram da natureza: as epidemias -notadamente a peste e o cólera-, as más colheitas que provocam fome, os incêndios causados sobretudo pelo raios,
os terremotos, as erupções vulcânicas, os maremotos etc.
Mas, ao longo das eras, a guerra assumiu um lugar cada
vez maior na panóplia dos perigos. Podemos acompanhar
seu "crescendo" a partir da invenção das armas de fogo,
no fim da Idade Média, com o "recrutamento em massa"
decretado pela Revolução Francesa, as centenas de milhares de homens chamados a combater durante as guerras
napoleônicas, a passagem para milhões de homens levados a se enfrentar no conflito de 1914-1918, os 20 milhões
de mortes causadas na China pela invasão japonesa que
começou em 1931, os 40 milhões de mortos da Segunda
Guerra Mundial e a utilização da bomba atômica em 1945.
O aperfeiçoamento das armas, a evolução para a guerra
total, a atual multiplicação dos atos terroristas conduzem
logicamente a um crescimento constante do número de
vítimas, sobretudo de vítimas civis. Isso significa que,
quantitativamente, os perigos e os medos que vêm da natureza, embora não tenham desaparecido, tornaram-se
cada vez menos importantes em relação àqueles que vêm
dos homens. Isso é particularmente verdadeiro hoje,
quando o terrorismo assumiu uma dimensão mundial:
ninguém está protegido em lugar nenhum. O medo tornou-se cada vez mais o medo do homem. Com esse elemento novo que evocarei no final de minha exposição: hoje o homem é capaz de perturbar a natureza.
Levando-se em conta os progressos técnicos e o aspecto
aterrorizante que os conflitos armados conferem a nosso
tempo, não é exagero afirmar que o século 20 foi o século
mais criminoso da história, acrescentando-se os "holocaustos" aos horrores da guerra propriamente dita. Foi
também, portanto, aquele em que o medo culminou. Ao
extermínio dos judeus e dos ciganos tentado por Hitler,
acrescentaram-se com efeito, antes e depois, o massacre
dos armênios e os genocídios no Camboja e em Ruanda.
Esse passado recente, apesar de trágico, não deve nos
desviar de uma reflexão mais geral sobre as diferentes
formas de medo. Dentre os medos, alguns são mais viscerais e naturais; outros, ao contrário, são culturais. Em nossa época, quando fazer um cruzeiro marítimo -se possível em mares quentes e num navio luxuoso- é considerado a descontração suprema, temos dificuldade para compreender o quanto nossos ancestrais temiam o mar. E eles
tinham excelentes motivos para isso, diante da má qualidade dos barcos e das condições aleatórias da navegação.
Antes dos avanços da técnica moderna, o mar era visto
como um espaço fora-da-lei e a antítese da estabilidade.
Logicamente associado na sensibilidade coletiva às piores
imagens de aflição, ele estava ligado à morte, à noite, ao
abismo. Era por excelência o lugar do medo, do excesso e
da loucura, o precipício onde habitavam Satã, os demônios e os monstros. Compreende-se então o anúncio de
são João no Apocalipse (20,1): "Vi um novo céu, uma nova
terra. O primeiro céu, na verdade, e a primeira terra desapareceram -e mar, não haverá mais". "Um lado de nossa
alma noturna", escreveu o filósofo Gaston Bachelard, "se
explica pelo mito da morte concebido como uma partida
sobre a água". Daí o medo do elemento líquido, pelo menos nas civilizações tradicionais.
Perigos da escuridão
A noite também estaria na origem de um medo fundamental do ser humano? É uma
pergunta discutida. "E se o sol não voltasse amanhã?",
perguntou o romancista George Simenon, "não é a mais
antiga angústia do mundo?". No entanto nota-se com freqüência que os bebês não têm medo da escuridão.
Ao contrário, certos cegos, que não conhecem a luz do
dia, são igualmente tomados pela inquietação quando
chega a noite, pois o organismo vive naturalmente no ritmo do universo. Mesmo distinguindo metodologicamente medo da noite e medo durante a noite, é preciso admitir
que o acúmulo de perigos objetivos que a humanidade conheceu ao longo das eras durante a noite fez nascer um
medo quase natural da escuridão -ainda mais porque a
privação da luz coloca em vigília os "sedutores" da atividade imaginária.
Daí os laços freqüentemente estabelecidos outrora entre
a noite, de um lado, e Satã, os feiticeiros, os espectros e os
condenados, de outro.
Na época do Renascimento -ponto de referência cronológico que me é familiar-, os terrores da noite fornecem o título de uma obra de Thomas Nashe, "The Terrors
of Night" [Os Terrores da Noite]. Nela, o autor afirma que,
"quando um poeta quer descrever um acidente trágico e
horrível, para lhe dar mais peso e credibilidade, começa
com um tom lúgubre, dizendo que foi numa noite negra
que a coisa aconteceu e que a boa luz havia totalmente desertado o firmamento".
As letras clássicas e a Bíblia durante muito tempo conjugaram suas impressões para induzir nos espíritos o medo
da noite. Cícero situa entre os filhos da noite o medo, o trabalho, a velhice e a tristeza. A simbologia cristã associa o
mal à sombra e faz de Satã o soberano do império das trevas. Nashe também declara que a noite é "o livro negro do
diabo onde se inscrevem nossos pecados" e que o "sono é
o principal caminho da tentação e da danação".
A obra de Shakespeare tem pelo menos 25% de ações
noturnas em suas tragédias. Macbeth evoca "a mão sangrenta e invisível da noite". "O olho da noite é negro como
uma órbita vazia" ("Rei Lear"). "Sob sua influência os cemitérios bocejam e o inferno exala suas pestilências"
("Hamlet"). "A noite é o arauto da morte" ("Júlio César")
etc. É provável que o medo da noite dure tanto quanto os
homens, assumindo o aspecto -muito evidente ainda
hoje- do medo justificado das agressões noturnas.
Daí a necessidade de iluminação noturna nas aglomerações urbanas. Eu gostaria aqui, enquanto historiador, de
lembrar seus primórdios, a propósito de Paris. Decisiva
nesse sentido foi a medida tomada pelo chefe de polícia de
Paris, La Reynie, em 1667, de colocar lanternas nas ruas da
cidade. Em seguida, um decreto estipulou que, a partir de
20 de outubro de todo ano e até o último dia de março, sinos colocados nas principais ruas indicariam diariamente
o momento de acender as lanternas. Na época, Paris, que
tinha cerca de 500 mil habitantes, teria 2.736 lanternas.
Luís 14 mandou cunhar uma medalha cuja legenda proclamava "Securitas et Nitor" (Segurança e Luz). A inovação provocou a admiração dos contemporâneos. Um deles escreveu: "A invenção de iluminar Paris durante a noite por uma infinidade de luzes merece que os povos mais
distantes venham ver aquilo em que os gregos e os romanos jamais pensaram para policiar suas repúblicas".
A iluminação urbana foi implementada em Londres em
1668, em Amsterdã em 1669, em Copenhague em 1681, em
Viena em 1687 etc. No fim do século 18, as cidades-piloto,
do ponto de vista da iluminação noturna, eram Londres e
Paris. Os contemporâneos elogiaram o efeito de segurança dessa iluminação. O autor de um memorando sobre
Paris dirigido à imperatriz Maria Teresa em 1770 fala na
"grande segurança" de que gozam então os parisienses e
afirma que "as ruas menos freqüentadas de Paris são tão
seguras à noite quanto de dia - podemos ir aí a qualquer
hora e de bolsa na mão, sem o menor temor". Essa avaliação foi certamente exagerada. No entanto não há dúvida
de que a iluminação das ruas, acompanhada de forte presença policial, contribuiu e ainda contribui para reduzir ao
mesmo tempo a insegurança noturna e o medo da noite.
O temor da volta das doenças contagiosas também pertence aos medos incutidos no fundo de cada um de nós.
Daí a comparação fácil, que se faz com freqüência hoje, de
apresentar a Aids como a "peste" de nossa época. Sim, a
Aids é um perigo, infelizmente bem real (22 milhões de
mortos desde o início da epidemia, em 1980, e atualmente
45 milhões de pessoas afetadas). Mas, se ela é transmissível
sobretudo pelas relações sexuais, por outro lado não é contagiosa em comparação com a peste e o cólera. É importante perceber que a peste foi outrora a maior desgraça que
atingiu as populações sob o Antigo Regime. Para elas, era o
mal absoluto. A peste negra (1348-1350) dizimou em três
anos pelo menos um quarto -e talvez até um terço- da
população européia.
A peste continuou presente por muito tempo em estado
endêmico. Na França, entre 1350 e 1536, foi possível identificar 24 surtos principais, secundários ou anexos de peste,
ou seja, aproximadamente um a cada oito anos. Em um segundo período, de 1536 a 1670, um a cada 11 anos. A epidemia ressurgiu ainda no Ocidente em 1720. Outros detalhes
reveladores: Milão, em 1630, Nápoles, em 1656, Marselha,
em 1720, perderam em poucos meses de "contágio" a metade de seus habitantes.
Os documentos que relatam as reações das populações
abaladas pela irrupção da peste também permitem um estudo, como em laboratório, dos comportamentos de medo em período de intensa epidemia: fuga desabalada das
cidades daqueles que tinham a possibilidade de escapar do
inferno urbano; desconfiança recíproca dos que ficavam e
que se evitavam mutuamente. Eles se fechavam em suas
casas, recusavam-se a tratar de seus parentes enfermos,
buscavam bodes expiatórios. Alguns caíam na loucura,
outros na dissolução mais ignóbil. Quando todos os remédios haviam fracassado -fogueiras nos cruzamentos ou
procissões-, os sobreviventes mergulhavam no desespero. Finalmente, a epidemia se esgotava por si só e a vida
continuava.
O terrível outro
Ao lado das apreensões vindas do
fundo de nós mesmos -medo do mar, da noite- e das
motivadas por perigos concretos -terremotos, incêndios,
epidemias etc.-, devem-se incluir medos mais culturais,
que podem, também eles, invadir o indivíduo e as coletividades, fragilizando-os. Como o medo do outro. Na origem
deste encontra-se a apreensão provocada pelas pessoas
que não conhecemos ou que conhecemos pouco, que vêm
de outro lugar, não se parecem conosco e que, principalmente, não têm o mesmo modo de vida que nós. Elas falam uma língua e têm códigos que não compreendemos.
Têm costumes, comportamentos, práticas culturais que
diferem das nossas, não se vestem como nós, não comem
como nós, têm uma religião, cerimônias e ritos cujo significado nos escapa.
Por todos esses motivos, elas causam medo, e somos tentados a usá-las como bodes expiatórios em caso de perigo.
Se acontece uma desgraça com a coletividade, a culpa é do
estrangeiro.
Antigamente se dizia sempre que a peste vinha de outros
países -o que, é claro, nem sempre era falso. A humanidade sem dúvida ainda levará muito tempo para combater
esse medo do outro, forma particular do medo do desconhecido, que sobe incessantemente à superfície e que está
na origem do racismo de todos os tempos.
O século 20 teve sua experiência desastrosa. Mas já no
século 11 um bizantino aconselhava: "Se um estrangeiro
chega à tua cidade, se relaciona contigo e se entende contigo, não confie nele; ao contrário, é então que deves manter
a guarda". No século 17 e ainda no início do 18, movimentos xenófobos eclodiram em vários cantos da Europa: em
1620, em Marselha, contra os turcos -45 foram massacrados; em 1623, em Barcelona, contra os genoveses; em
1706, em Edimburgo, cuja população matou a tripulação
de um navio inglês.
Ainda em agosto de 1893 um pogrom de italianos ocorreu no porto francês de Aigues Mortes -oito deles foram
mortos. Acusavam-se os operários italianos das salinas no
sul da França de quebrar o ritmo do trabalho e de fazer
baixar os salários ou mesmo de preparar um massacre
contra os operários franceses. Todos sabemos pela história recente as conseqüências terríveis às quais conduziu o
medo dos judeus -caso extremo do medo cultural do outro. Infelizmente, estamos vivendo em escala mundial esse
medo do outro, pela possibilidade de um "choque de civilizações" que hoje nos ameaça.
A arma do medo
Essa situação leva a estabelecer um
elo entre mentalidade obsessiva e utilização da arma do
medo. Um grupo ou um poder ameaçado ou que se acredite ameaçado -e, portanto, tenha medo- tende a ver
inimigos em toda parte -no exterior e, mais ainda, no interior do espaço que quer controlar. Tende a tornar-se totalitário, agressivo e a reprimir qualquer desvio ou mesmo
qualquer intenção de discussão. Um Estado totalitário
tem assim a vocação para se tornar terrorista. Na França
de 1793 essa lógica interna levou a Convenção a "colocar o
terror na ordem do dia" e a votar a "lei dos suspeitos".
No século 20 a mentalidade de "cidadela sitiada", com
todos os fantasmas que ela engendra, levou aos piores
massacres da história, cometidos pelo governo de Hitler e
pelos governos dos países comunistas, induzindo no país
subjugado uma atmosfera sufocante à base de suspeitas,
prisões, denúncias e torturas. [...]
Há ainda um caso histórico que eu gostaria de abordar,
que é o da evolução da violência e da segurança na vida cotidiana. Ainda aqui, tratarei sobretudo da Europa Ocidental, porque foi a que estudei. Mas a pesquisa sobre esse espaço geográfico permite comparações, que eu espero sejam úteis, com outras partes do mundo.
Na Europa Ocidental, portanto, se deixarmos de lado os
períodos de guerra, constatamos globalmente uma diminuição da insegurança e da violência cotidianas desde a
Idade Média até meados do século 20. O historiador Laurence Stone o demonstrou com números sobre a Inglaterra. "Isso ocorre", escreveu, "como se a proporção de homicídios no século 13 tivesse sido duas vezes maior que as
dos séculos 16 e 17, e, a dos séculos 16 e 17, de cinco a dez
vezes maior que a de hoje" (afirmação dos anos 1980).
Uma pesquisa paralela realizada na Dinamarca para os
anos de 1685 a 1855 leva da mesma forma a ver o furto superar cada vez mais a violência nos casos levados a tribunais. Mesmas conclusões em Paris e no norte da França do
século 16 até 1789.
Em porcentagens, o furto aumenta, mas a violência recua. Isso foi sem dúvida conseqüência da difusão da civilização urbana, do progresso da alfabetização e do ensino,
da diminuição da mortalidade dos adultos e do endurecimento da segurança pública.
Mas sob nossos olhos ocorre há cerca de 40 anos uma inversão da situação. Quase em todo os lugares no mundo
-e mesmo nos velhos países da Europa- a insegurança
está crescendo, acumulando furtos e violências. O caso da
Rússia, infelizmente, é pedagógico nesse sentido. Há 15
anos ela acumula desemprego, degradação, insegurança e
corrupção. Mas a insegurança também cresceu sensivelmente nos EUA no último quarto de século. Segundo estatísticas do FBI [polícia federal americana], os atos de delinqüência violenta -assassinatos, assaltos a mão armada, estupros- entre 1973 e 1992 passaram de 875.910 para
1,9 milhão por ano. Os furtos de veículos, no mesmo período, deram um salto de 60%. Quanto ao número de detidos nas prisões federais, passou de 200 mil em 1970 para
mais de 1 milhão no ano passado, sem contar os 400 mil
nas prisões locais. [...]
Mas também nesse sentido há uma inversão da situação
que a história permite esclarecer. A cidade foi outrora um
local de relativa segurança em comparação com o campo.
A cidade da Idade Média e da época clássica era não somente vista como um lugar de cultura e de civilização, mas
também como um espaço protegido por muralhas, mais
bem administrado que o campo, gozando de um abastecimento mais garantido, beneficiando-se de uma melhor
força policial, dotado de melhores instituições judiciárias
e, também, de hospitais e escolas. [...]
Hoje, é sobretudo nas cidades -e sobretudo nas grandes cidades- que sentimos medo. É lá, por excelência,
que o terrorismo ataca, porque os autores dos atentados
podem se esconder melhor, aproveitar mais o efeito surpresa e provocar maior número de vítimas. Em conseqüência, é nos locais de grande concentração humana que
o medo, em escala mundial, é mais intenso, a ponto de induzir uma modificação de nossa vida cotidiana por meio
das medidas de controle e vigilância tomadas pelas autoridades. A isso acrescenta-se o novo fenômeno da globalização -hoje podemos nos tornar vítimas do terrorismo no
mundo inteiro. Ninguém está protegido, e um camicase
pode surgir em qualquer lugar.
O texto acima é parte da palestra que o historiador Jean Delumeau fará
no Brasil nos dias 25 e 26 de agosto.
Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves.
Medo é tema de congresso
O medo é o tema principal de congresso internacional que irá acontecer entre os dias 23 deste mês e 29
de setembro, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Além do historiador francês Jean Delumeau, principal convidado internacional, 14 conferencistas brasileiros e estrangeiros irão discutir o assunto a partir
de diferentes enfoques. A filósofa Marilena Chaui
abre o evento falando sobre "O medo e a paz americana", o brasilianista e diretor do departamento de
estudos do cinema da Universidade de Nova York,
Robert Stam, explica o "complexo industrial do medo", o filósofo Francis Wolff responde ao questionamento: "deve-se temer a morte?" Já o pensador Jacques Rancière discute a passagem "do medo ao terror". As inscrições para o Congresso Internacional
do Medo, com todas as palestras incluídas, custam
R$ 30 e podem ser feitas nos locais em que irá ocorrer o evento: teatro Aliança Francesa (r. General
Jardim, 182, Centro, tel. 0/xx/ 11/3017-5676), em São
Paulo, e no teatro Maison de France (av. Presidente
Antônio Carlos, 58, tel. 0/xx/ 21/3974-6699), no Rio.
As palestras terão início às 18h30.
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