São Paulo, domingo, 18 de agosto de 2002 |
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As outras gerações Baby boomers Nascidos entre 1943 e 1960, os "boomers" são, na definição de Connie Fuller ("Bridging the Boomer-Xer Gap") aqueles que "trabalham para viver". Em um universo de cerca de 80 milhões de pessoas, desenvolveram forte competitividade e a disposição de se sacrificarem pelo sucesso profissional. Mantêm um senso do "respeito" e hierarquia, mas já contraposto a códigos mais flexíveis de moda ou de comportamento no trabalho. O ex-presidente Bill Clinton é considerado um símbolo dessa geração. Geração X Composta por nascidos entre as décadas de 60 e 80, que advêm de uma estrutura familiar alterada pela explosão dos divórcios e pelo ingresso das mulheres no mercado de trabalho. Acompanharam os esforços dos pais pelo reconhecimento, bem como a frustração decorrente da recessão dos anos 80. Daí terem desenvolvido uma atitude de ceticismo e a busca de mais equilíbrio entre carreira e vida pessoal. Se forem obrigados a horas-extras de trabalho, por exemplo, eles tendem a questionar o "porquê". Geração Y Nascidos entre 1979 e meados dos anos 90, eles já correspondem a uma população de 60 milhões de pessoas. Distinguem-se por uma inédita diversificação étnica -só um terço deles é de tipo caucasiano- e pelo interesse pela internet e TV a cabo. Os marqueteiros e analistas de comportamento penaram, na década passada, para decifrar essa nova leva de consumidores que, entre outras "bizarrices", parecem desdenhar marcas consagradas ou campanhas publicitárias grandiosas. Efeito disso foi a ascensão de slogans auto-irônicos na linha "imagem não é nada". Bobos É a geração dos "bourgeois bohemians", ou burgueses boêmios. Para o jornalista David Brooks ("BoBos in Paradise"), eles "definem nossa era". Nova elite dos EUA, teriam enriquecido conciliando a rebeldia dos anos 60 com o conservadorismo dos 80. Ao contrário do que sugere sua leitura em português, o termo nomearia uma geração de pessoas "espertas", com alta capacidade intelectual e ambições, mesmo que desfavorecidas em termos de pedigree ou de laços de parentesco. Seriam a expressão máxima da era da informação e da diluição de dicotomias, como entre liberalismo e conservadorismo na política americana. Um de seus personagens típicos é o engenheiro de uma empresa de informática que vai trabalhar com botas de alpinista e camisetas surradas. Black power Não se constitui propriamente em uma geração, mas em um dos mais importantes movimentos políticos do século passado. Nasce e tem seu apogeu nos anos 60, tendo conduzido os negros dos EUA a uma nova consciência étnica e à conquista de direitos civis, políticos e econômicos. Teve em Malcom X uma das suas figuras mais expressivas. Trechos de música como "Say it loud, I'm Black and I'm proud" (diga em voz alta, sou negro e tenho orgulho), de James Brown, se tornaram palavras de ordem. Texto Anterior: Ícones da geração H Próximo Texto: O espetáculo do contradiscurso Índice |
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