São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ET + CETERA

A memória emotiva
Fundada em 1945 por Sartre, Simone de Beauvoir e Merleau-Ponty, "Le Temps Modernes" se tornou uma referência central no mundo intelectual francês nas décadas seguintes. A trajetória da revista é recontada no livro "Allô? Je Vous Passe Jean-Paul Sartre..." (ed. Plon), escrito por Germaine Sorbets, secretária da revista por quase 30 anos (até 1973). Entre outras confidências, ela fala da generosidade com que Sartre a acolheu mesmo sem que ela tivesse diploma universitário.

Shakespeare traduzido para o inglês
Um dos mais renomados linguistas da Inglaterra, David Crystal é autor, com seu filho -e ator- Ben, do recém-lançado "Shakespeare's Words" (Penguin), um glossário que, com cerca de 14 mil verbetes, "traduz" para as novas gerações o inglês elisabetano empregado pelo autor de "Hamlet" (1564-1616) em suas peças e poemas. Em resenha, a "Economist" elogia o livro, mas diz que ele realça uma questão "alarmante": "Shakespeare se tornou uma língua estrangeira para nós?".

Totalitarismo de A a Z
Suposto enclave do trabalho intelectual livre em pleno fascismo, a "Enciclopédia Italiana" -coordenada pelo filósofo Giovanni Gentile (1875-1944)- sofreu controle direto, senão do Estado, ao menos de seu braço eclesiástico. Segundo o livro "Il Mecenate, il Filosofo e il Gesuita" (ed. Il Mulino), de Gabriele Turi, os verbetes sobre a Igreja ou temas como a "origem do homem" foram submetidos a supervisão e censura de um grupo de católicos chefiado pelo padre Tacchi Venturi.



Texto Anterior: Os dez+
Próximo Texto: + brasil 503 d.C.: O gênero das multidões
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.