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Dilma sugere diálogo entre Vale e Argentina
Mineradora anunciara retirada de investimento de US$ 6 bi no país vizinho
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em Buenos Aires, que a Vale, que anunciou a retirada de investimento bilionário em potássio na Argentina, "vai encontrar, com o diálogo, o melhor caminho possível com as autoridades" locais.
A declaração foi feita em entrevista conjunta com a presidente argentina Cristina Kirchner, após reunião que durou cerca de sete horas.
As duas presidentes disseram ter discutido todos os assuntos da agenda bilateral econômica e que eles serão aprofundados na semana que vem, em reunião técnica em Montevidéu, no Uruguai.
Em 2012, as vendas brasileiras para a Argentina caíram 22%, enquanto no primeiro trimestre deste ano a queda foi de 10%.
A retirada da Vale de megainvestimento de US$ 6 bilhões, na província de Mendoza, foi um dos temas que geraram mais expectativa com relação à reunião.
O ministro Julio De Vido (Desenvolvimento) disse, ainda, que a saída seria "a Vale voltar e explorar as jazidas".
O encontro contou com a participação dos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Antonio Patriota (Relações Exteriores) e de seus pares argentinos, além da secretaria de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, e da presidente da Petrobras, Graça Foster.
A executiva não quis comentar as especulações de que a empresa estaria vendendo ativos no país vizinho.
Já o ministro da Agricultura, Norberto Yahuar, disse que houve muitos avanços nos acordos fitossanitários e que novos limites de exportações seriam anunciados.
INTEGRAÇÃO
Dilma reforçou, ainda, que a resposta às consequências da crise dos países desenvolvidos era a "integração".
Elas comentaram as eleições na Venezuela e no Paraguai, elogiando ambos os processos e dizendo que o Mercosul sai deles reforçado.
"Mas repudiamos com veemência os atos de violência, como ficou claro na declaração assinada em Lima pelos membros da Unasul", disse Cristina, referindo-se ao distúrbios na Venezuela.