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Facilidade do traçado atraiu interessados
DE BRASÍLIA"É um tapetinho." É assim que Letícia Queiroz de Andrade, sócia do escritório Siqueira Castro, define a BR-050/MG-GO, leiloada ontem.
Andrade, que assessorou ao consórcio vencedor, aponta que o fato de a rodovia ter uma obra de duplicação mais simples que outras em concessão influenciou bastante no sucesso do leilão.
Segundo ela, praticamente não há desapropriações a serem feitas ao longo do traçado da rodovia e o terreno não exige intervenções muito complexas.
"Esse fator é muito importante para a decisão das empresas de participar porque o prazo para a obra é muito curto, e as penalidades, muito pesadas se não for cumprido."
Entre as penalidades, estão execução de garantias de mais de R$ 400 milhões para o não cumprimento da obra e multas diretas para as empresas sócias, o que pode impedi-las de participar de concorrências.
Para ela, as penalidades pelo descumprimento foram fator importante na decisão das empresas de não entrar no leilão da BR-262 e poderão influenciar nos próximos.
"É crucial uma mudança na decisão de fazer toda a obra em cinco anos. Cada projeto é um projeto e esse leilão mostrou isso", afirmou.