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Padaria testa drones para entregar pães
Aparelhos levam caixas a até 1 km de distância e as despejam de 2 metros de altura
A Pão to Go, uma rede de franquias de padarias drive-thru, está testando o uso de drones (aeronaves não tripuladas) para entregar produtos na casa dos clientes.
O equipamento é programado para ir até o local da encomenda, que deve estar em um raio de no máximo um quilômetro, despejar a caixa e retornar à base.
"É como um motoboy que não fica doente", afirma Tom Ricetti, 38, fundador da empresa. A ideia surgiu a partir de um sistema de entrega semelhante que está em fase de testes na Amazon.
O experimento está sendo feito em condomínio fechado de São Carlos (SP), onde fica a sede da companhia. O objetivo é melhorar a pinça que segura a carga e a resistência da caixa, que é despejada a dois metros de altura.
Por isso, ainda não é possível entregar garrafas de refrigerante, por exemplo.
Para funcionar, o serviço ainda aguarda regulamentação do uso desses equipamentos pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o que deve ocorrer até o fim deste ano.
Hoje, a utilização civil dos drones é considerada irregular, mas permitida para pesquisa e desenvolvimento, treinamento de tripulações e pesquisa de mercado, mediante autorização.
A ideia é disponibilizar a opção do drone, que custa R$ 6.000, para os franqueados da rede. A Pão to Go, que faturou R$ 3,2 milhões no ano passado, tem oito unidades funcionando e fechou 112 contratos para abertura de novas lojas.
NOS EUA
Em dezembro do ano passado, a Amazon, maior empresa de comércio eletrônico do mundo, com sede nos Estados Unidos, anunciou que também estava testando drones para fazer entrega de encomendas dos clientes.
O comunicado foi feito pelo diretor-executivo da empresa, Jeff Bezos.
Os drones da Amazon, apelidados de Octocopters, têm capacidade para entregar pacotes com peso de até 2,3 quilos apenas 30 minutos após serem encomendados. Segundo a empresa 86% dos itens que ela entrega ficam abaixo desse limite de peso.
O serviço, no entanto, deve levar até cinco anos para entrar em operação.
Ainda é preciso que a Administração Federal de Aviação Americana (FAA) aprove o uso dessas aeronaves para atividades civis.