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Bola é a aposta da hora de relógios de luxo
Marketing de empresas como TAG Heuer, Bulgari e Hublot busca associação com futebol e Copa do Mundo
Clubes como Barcelona e Manchester United e atletas como Cristiano Ronaldo fazem parte dessa estratégia
Com uma audiência mundial que deve chegar a 3,4 bilhões de pessoas, a Copa do Mundo traz oportunidades de marketing imensas.
De olho nisso, marcas como Coca-Cola, Adidas e McDonald's investem milhões de dólares no evento.
Para as fabricante de relógios de luxo, os orçamentos são menores, o que as obriga a abusar da criatividade.
Para a Hublot, isso significa manter o título de "relógio oficial" da Copa, título que ostenta desde o Mundial de 2006, na Alemanha.
Ricardo Guadalupe, presidente-executivo da Hublot, diz que o futebol era, "por sorte, um esporte virgem --não havia outra marca de relógio de luxo investindo nele. O sucesso que tivemos prova que foi a estratégia certa".
Guadalupe sugere que antes de 2006, a Hublot era relativamente desconhecida fora do setor de relojoaria. Mas, com a associação ao futebol, conquistou mais espaço com os consumidores de alto patrimônio --seu público-alvo.
Ela não é, porém, a única marca que está na jogada.
A Parmigiani patrocina a seleção do país-sede, enquanto numerosas marcas produziram relógios inspirados pelo torneio, do complicado Octo Bi-Retro Brasil, da Bulgari, ao Entusiasmo, o barato e alegre relógio verde, amarelo e azul da Swatch.
A mais recente transação entre a área de relógios e o de futebol foi assinada em abril entre a TAG Heuer e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid.
A Hublot prefere trabalhar com "lendas do esporte", entre as quais Pelé e José Mourinho, técnico do Chelsea.
Os contratos com clubes europeus de futebol se tornaram mais comuns, com empresas fazendo acordos como clubes como Manchester United, Barcelona e Juventus.