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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Sem trigo, Argentina pede paciência ao Brasil

A safra recorde de trigo fará o Brasil importar menos cereal neste ano. Não fosse esse aumento de produção, o país teria de continuar buscando o produto fora do Mercosul --e pagando mais.

Os argentinos pedem paciência ao Brasil e avisam que a recuperação da produção no país será lenta.

Os produtores argentinos terão de acreditar não apenas em uma boa evolução dos preços no mercado mas em uma menor interferência do governo no setor.

O país tem, segundo o mercado, possibilidade de semear pelo menos 6 milhões de hectares com trigo, mas é provável que essa área fique restrita a 4 milhões.

Na avaliação do Ministério da Agricultura, á área deverá crescer 23% e atingir 4,5 milhões neste ano.

Se o governo estiver certo em sua previsão de área, a produção poderá subir para 11 milhões de toneladas, depois de ter atingido 9,2 milhões em 2013/14. Esses volumes ainda estão distantes das médias anteriores, quando o país atingia próximo de 15 milhões de toneladas.

Tradicionais fornecedores de trigo para o Brasil, os argentinos venderam apenas 1,1 milhão de toneladas para os moinhos brasileiros no primeiro semestre deste ano. Esse volume mostra uma retração de 56% em relação ao de igual período de 2013.

A ausência argentina no mercado fez o país buscar 1,1 milhão de toneladas de trigo nos Estados Unidos.

Outro parceiro brasileiro foi o Uruguai, que elevou em 500% o volume de trigo exportado para o Brasil neste ano. De janeiro a junho, os uruguaios colocaram 631 mil toneladas nos moinhos brasileiros. Há quem diga que parte desse trigo tem origem argentina.

A pouca oferta argentina fez o Brasil buscar novos mercados. Até a China aparece na lista de fornecedor do cereal para o país.

As importações brasileiras, que somaram 6,4 milhões no ano passado, após terem atingido 7 milhões em 2012, devem cair para 5,5 milhões de toneladas neste ano, segundo o Ministério da Agricultura.

A produção nacional, após ter ficado em 5,5 milhões de toneladas em 2013, deverá subir para 7,4 milhões neste ano, estima o governo. O aumento se deve à maior área a ser semeada no Paraná e no Rio Grande do Sul.

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Açúcar As exportações estão em queda nesta safra devido, em boa parte, à não retirada do produto das usinas pelas tradings, o que provocou acúmulo de estoques.

Preço melhor A avaliação é de Julio Maria Borges, da consultoria JOB, que prevê uma comercialização do produto com preços melhores no segundo semestre, se a oferta global de açúcar se reduzir.

Açúcar Dados da Secex apontam que as exportações somaram 4,61 milhões de toneladas no período de abril a junho deste ano, 20% menos do que os 5,79 milhões na safra anterior.

Etanol As exportações acumuladas do combustível de abril a junho foram de 446 milhões de litros, também inferiores às de igual período do ano passado, quando ficaram em 525 milhões de litros.

Parceria A quantificação econômica, social e ambiental do impacto da genética zebuína na produtividade da pecuária será objeto de parceria entre a ABCZ (associação de criadores) e o Cepea.

Ferramentas O objetivo da parceria é fornecer resultados para orientar os criadores sobre as melhores ações e ferramentas para elevar a produtividade no setor.

Estudo O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) fará estudo comparativo entre propriedades que investem em genética e outras consideradas típicas da mesma região.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Café
(R$ por saca)377,00

Arroz
(R$ por saca)35,52

Chicago

Soja
(US$ por bushel)12,95

Milho
(US$ por bushel)3,90


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