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Dilma quer elétrica sob controle nacional Espanhola Iberdrola estuda vender ações da Neoenergia à chinesa State Grid; governo planeja barrar operação Plano é que Previ e BB, que já são sócios da empresa, comprem ações e as revendam a grupo brasileiro VALDO CRUZDE BRASÍLIA O governo Dilma não vai permitir que o controle acionário da distribuidora elétrica Neoenergia seja transferido para um grupo estrangeiro, por considerar o setor estratégico para o país. Segundo a Folha apurou, a orientação é para que a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e o próprio banco, sócios na empresa, exerçam seu direito de preferência no caso de o grupo espanhol Iberdrola decidir vender suas ações. O governo não tem interesse na saída dos espanhóis do negócio, mas também não quer que eles vendam suas ações para outros grupos estrangeiros, como os chineses da State Grid. A Iberdrola tem 39% do capital da Neoenergia e desejava comprar o controle acionário da empresa. Para isso, teria de adquirir ações dos outros dois sócios, ambos sob controle público direto ou indireto: a Previ, que tem 49% das ações, e o Banco do Brasil Investimentos, 12%. O governo Dilma, contudo, vetou a operação com o objetivo de evitar futuras tentativas de transferir o controle acionário para empresas de outros países. O grupo espanhol, por novas questões legais na Europa, queria adquirir o controle da Neoenergia para poder lançar o negócio em seu balanço. Com isso, poderia contabilizar os resultados da unidade brasileira, melhorando sua rentabilidade. Diante da recusa do governo brasileiro em vender o controle acionário da Neoenergia, a Iberdrola passou a analisar a venda de sua participação na empresa. Os chineses da State Grid manifestaram interesse. Até agora, segundo assessores presidenciais, eles não fizeram proposta oficial. No governo, a orientação é clara para que Previ e Banco do Brasil exerçam seu direito de preferência -caso os espanhóis realmente decidam vender, têm de oferecer primeiro aos sócios brasileiros. Segundo a Folha apurou, a estratégia do Palácio do Planalto é que a Previ compre as ações da Iberdrola e, numa segunda etapa, revenda a participação para um grupo nacional de energia elétrica. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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