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Juro mais baixo derruba o lucro do Banco do Brasil CAROLINA MATOSDE SÃO PAULO A temporada de balanços do segundo trimestre deixa um recado claro aos bancos, tanto públicos quanto privados: o setor vai ter de mudar a mentalidade se quiser manter os padrões de lucro. Com juros básicos e bancários menores -reflexos de políticas de governo-, o desafio das instituições é ampliar empréstimos sem aumento da inadimplência. O Banco do Brasil, o maior do país e o último entre os grandes a divulgar resultados, lucrou quase 10% menos no segundo trimestre ante o mesmo período de 2011. A expansão de 20% da carteira de crédito não foi suficiente para puxar o ganho do banco -que, mesmo mais fraco, bateu os R$ 3 bilhões. Aldemir Bendine, presidente do BB, considerou o resultado um "ajuste normal" diante dos juros menores. "É possível reverter isso com expansão do volume de empréstimos e aumento de eficiência, o que não deverá ser uma estratégia só do Banco do Brasil, mas de todo o sistema bancário", afirmou. Já a ampliação de 45% da carteira de crédito da Caixa no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado fez o lucro do banco crescer 15%. O aumento, porém, foi menor que o do primeiro trimestre, também na comparação anual: 43%. Além dos juros menores ao consumidor, o aumento das reservas dos bancos para cobrir créditos considerados duvidosos pressionou o desempenho das instituições. Todas elevaram as provisões, ainda que os índices de inadimplência de BB e Caixa, tradicionalmente mais baixos que os de bancos privados, tenham ficado estáveis na comparação trimestral. Já Itaú, Bradesco e Santander, que completam a lista dos cinco maiores do país, tiveram inadimplência maior. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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