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Plano injetará R$ 486 mi no segmento de software Governo apresenta amanhã programa para incentivar a indústria nacional Entre as medidas está o aporte de capital em empresas iniciantes e a certificação para compras públicas HELTON SIMÕES GOMESCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO O governo federal apresentará amanhã em São Paulo um programa que destinará R$ 486 milhões para o setor de software até 2015. A Folha teve acesso ao documento final do projeto, elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), que traz a primeira política específica para a indústria nacional de software e serviços de TI. Entre as principais iniciativas que serão propostas pelo governo está o aporte de capital em empresas nascentes, as chamadas start-ups, a criação de uma certificação para que pequenas e médias empresas possam participar de compras públicas e a instalação de quatro centros de inovação no Brasil, em parceria com empresas multinacionais. O programa também prevê capacitar 50 mil profissionais para trabalhar no setor. As metas são ambiciosas: dobrar o faturamento do setor, para US$ 200 bilhões, e criar 900 mil empregos em dez anos. Segundo o governo, um dos principais problemas da indústria é o foco na prestação de pequenos serviços de desenvolvimento de programas simples, em vez de concentrar esforços para o desenvolvimento de softwares mais elaborados. Do faturamento de US$ 14,5 bilhões do mercado brasileiro de software e TI em 2011, 91% eram provenientes desses serviços, de menor valor agregado. "Com a certificação, vamos criar uma forma de o governo usar seu poder de compra para dar preferência a um software de procedência nacional", afirma Virgílio Almeida, secretário de Informática do MCTI. ECOSSISTEMAS O governo quer estimular a criação de uma cadeia de fornecimento de softwares em torno das 15 áreas mais dinâmicas da econômica, elencadas pelo ministério. Usará para isso aportes a fundo perdido em companhias que forneçam tecnologia a esses setores e queiram melhorar seus produtos. Para definir as oportunidades prioritárias, o governo consultou grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Vale, Bradesco e Embrapa. START-UPS O governo também passará a atuar como incentivador de start-ups ao fomentar cinco aceleradoras que reunirão entre oito e dez empresas iniciantes. O investimento em cada uma será de no máximo R$ 200 mil. A meta é investir em 150 até 2015 - 25% estrangeiras, para estimular o intercâmbio de ideias, como acontece no Vale do Silício, diz Almeida, do MCTI. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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