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Novo presidente do Ipea pretende elevar projetos para ministérios Marcelo Neri prevê convivência de correntes rivais no instituto MARIANA CARNEIRODE SÃO PAULO Oficializado ontem no cargo, o novo presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcelo Neri, 49, afirma que tentará aproximar o instituto dos ministérios para transformar ideias nascidas no meio acadêmico em políticas públicas. Ele assume um orçamento que, no ano passado, foi de R$ 305 milhões e uma equipe de cerca de 250 pesquisadores. Na sua visão, estrutura de primeira grandeza: "[Essa estrutura] equivale a dez grandes departamentos de economia. As pessoas ganham bem, os salários são bons", diz. "Dá para fazer mais com o que temos". Neri indica que seu foco é dar uso prático ao conhecimento do instituto. "O que mais ouço é: 'Para que serve o Ipea?'. Como fazer o instituto trabalhar mais para os ministérios é o nosso desafio", diz. Em uma crítica velada ao ex-presidente do instituto Márcio Pochmann, Neri afirma que buscará unir as diferentes correntes de pensamento econômico que convivem no instituto. Nos últimos anos, o Ipea esteve no centro da rivalidade entre desenvolvimentistas e liberais. "Vejo o Ipea como a seleção. Todos estão jogando pelo Brasil e não pelo time A ou pelo time B", disse Neri, formado na escola liberal. A ida do economista para o Ipea é atribuída a seus estudos que popularizaram o conceito de "nova classe média" -nome dado à população que saiu da pobreza com ganho de renda. O tema passou a integrar a lista de feitos políticos do PT. Neri, contudo, diz que suas pesquisas nem sempre agradaram ao governo: "Fomos os primeiros a dizer que a miséria havia aumentado no primeiro ano do governo Lula e que a crise de 2009 não tinha sido só uma 'marolinha'". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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