Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Vaivém das Commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Exportação de milho avança e pode elevar preço Estimuladas pela quebra da safra de milho nos Estados Unidos, as exportações brasileiras do grão avançam em ritmo acelerado. Neste mês, até a quarta semana, os embarques atingiram 1,9 milhão de toneladas, o equivalente a 106 mil toneladas por dia, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O volume representa altas de 37% em relação a julho e de 61% ante o mesmo mês de 2011. E indica que a marca mensal de 2 milhões de toneladas será facilmente batida. Em receita, as exportações de milho somam US$ 500 milhões neste mês, levando o cereal ao grupo das principais commodities da pauta brasileira, atrás apenas do minério de ferro, do petróleo, da soja e do açúcar. Mantido o ritmo atual, o Brasil poderá atingir a meta de 14 milhões de toneladas de milho exportadas neste ano -considerada pouco factível por alguns analistas, principalmente por causa dos gargalos logísticos. Até julho, 3,5 milhões de toneladas de milho da safra 2011/12 haviam sido exportadas. Se, a partir deste mês, o Brasil embarcar 2 milhões de toneladas por mês, os embarques somarão 13,5 milhões de toneladas ao final deste ano. Segundo o analista Juliano Cunha, da Céleres, a tendência é que o volume exportado aumente nos próximos meses, como ocorreu em outros anos de alta exportação. E, quanto maior o volume embarcado, maior o potencial de novos aumentos de preço do produto no país. A tendência, diz o analista, é que os compradores no mercado interno ofereçam preços mais altos aos produtores para que eles optem pela venda do milho no Brasil em vez de destiná-lo à exportação. Em 2012, o milho já acumula alta de 9,8% no país, segundo pesquisa da Folha. No mercado externo, especialistas também veem potencial para elevação. A expectativa é que ocorram novas reduções na estimativa oficial de produção dos EUA. Repasse O preço médio das exportações de carne de frango sobe 3% neste mês, até a quarta semana, de acordo com a Secex -reflexo do esforço das indústrias de repassar parte do aumento dos custos de produção. Para baixo A menor demanda chinesa por minério de ferro continua prejudicando a balança comercial. O preço médio de exportação do minério brasileiro cai mais 1% em agosto. Em relação ao mesmo mês de 2011, a retração é de 25%. Para cima O preço do cacau atingiu ontem o maior valor desde novembro de 2011 em Nova York, cotado a US$ 2.518 por tonelada, alta de 3,3%. Em 30 dias, a commodity já sobe 8%. Especulação O clima seco no oeste da África, nova região produtora, e tensões políticas na Costa do Marfim, líder mundial, geram preocupações sobre a oferta de cacau. Para alguns analistas, a tonelada pode chegar a US$ 3.000 até o final do ano. Sem freio O preço do arroz no mercado interno continua a subir. No Rio Grande do Sul, o preço médio da saca do agulhinha atingiu R$ 34,33, segundo pesquisa da Folha, com alta de 1,96%. Sem produto A alta do arroz reflete a redução na oferta do produto nas praças de comercialização do Sul do país. Em 30 dias, o produto acumula valorização de 17%. DE OLHO NO PREÇO Chicago Trigo (cent. de US$)*862,00 Soja (cent. de US$)*1.730 Mercado interno Algodão (R$ por arroba)17,07 Café (R$ por saca)367,50 Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |