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Patrocinador de Rio-2016, Dow já ativa plano no país Foco é disputar soluções de infraestrutura para a Olimpíada Química diz precisar de estratégia diferente da de Coca e McDonald's, que devem esperar até as vésperas dos Jogos RODRIGO RUSSODE LONDRES Patrocinadora olímpica desde 2010, a Dow, indústria química com sede nos EUA, já começou a trabalhar em sua estratégia para os Jogos Olímpicos de 2016, com sede no Rio de Janeiro. "Como somos uma empresa que serve outras empresas, e não diretamente aos consumidores, nosso modelo de ativação do patrocínio olímpico é diferente do de outras apoiadoras dos Jogos e precisamos ativá-lo agora, no início do novo ciclo", afirmou Sandro Sato, líder de novos negócios da Dow Operações Olímpicas, durante conversa com jornalistas em Londres. Sato considera que empresas como McDonald's e Coca-Cola, tradicionais apoiadoras dos Jogos Olímpicos, ficarão em silêncio nos próximos anos, até que a nova edição da disputa esportiva esteja mais próxima. As duas empresas têm direito a comercializar seus produtos durante as competições. Já a Dow, embora apoie o movimento olímpico, não tem garantia de que seus produtos serão usados nas futuras sedes e precisará participar de concorrências. Seu foco para o Rio são as obras de infraestrutura. A empresa conta com as soluções que implementou nos Jogos de Londres como forma de convencer os clientes. A principal delas é a cobertura do Estádio Olímpico, 306 painéis individuais de 25 metros de altura que vão do solo até o topo da parte externa da instalação. George Hamilton, vice-presidente de operações olímpicas da Dow, ponderou que, como o acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) foi assinado em 2010, não houve tempo hábil para que a empresa participasse de forma mais ativa nos projetos para Londres, já adiantados. "Mesmo assim, quando clientes perguntarem de que forma podemos contribuir, a cobertura do Estádio Olímpico será um grande cartão-postal", disse Hamilton. A exposição da marca não é o foco do patrocínio olímpico da Dow, observou Sato. A empresa aposta em engajar seus funcionários e na geração de novos negócios. A meta da companhia química é obter US$ 1 bilhão em negócios ligados aos Jogos até 2020, quando o contrato de patrocínio acaba. Apesar disso, a Dow e o COI sofreram fortes críticas no Reino Unido. Grupos como a Anistia Internacional culpam a empresa pelo desastre de Bhopal, na Índia, em 1984. No acidente, cerca de 40 toneladas de gases tóxicos vazaram de uma fábrica de fertilizantes da Union Carbide, que depois foi comprada pela Dow. Morreram entre 7.000 e 10 mil pessoas em apenas uma noite. "De certa forma, esses grupos de pressão nos ajudam a esclarecer o episódio e nos permitem mostrar que a empresa não foi culpada. O COI nos investigou e comprovou que somos idôneos. Não poríamos a marca em risco." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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