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Projeto prevê aparato logístico de R$ 800 milhões DE SÃO PAULOO executivo paulista José Carlos Grubisich pode ser considerado um especialista em assumir negócios ainda verdes, mas com gigantescos potenciais de expansão. Foi assim quando foi chamado, em 2002, para comandar a Braskem, a então recém-criada petroquímica da Odebrecht. A situação se repetiu seis anos depois, quando foi convidado a iniciar as atividades da ETH Bioenergia, braço de açúcar e etanol do grupo. Em fevereiro deste ano, Grubisich tornou-se presidente da empresa de celulose Eldorado Brasil, da holding J&F (dona do frigorífico JBS), com o mesmo desafio: a primeira fábrica da companhia, um projeto de R$ 6,2 bilhões em Três Lagoas (MS), só inicia as atividades em novembro. O executivo terá de liderar uma operação complexa, que inclui, além da unidade industrial, um aparato logístico composto por vagões, terminais e barcaças próprias, utilizadas para escoar a celulose em ferrovias e hidrovias até o porto de Santos. O investimento na área logística soma R$ 800 milhões. "Como mais de 90% de nossa produção vai para o mercado internacional, tivemos de montar uma estrutura extremamente competitiva", diz Grubisich. Apesar da dependência das vendas externas, o executivo diz não temer a crise europeia. "O mercado de celulose continua crescendo cerca de 3% ao ano. O consumo de papéis de uso sanitário, como lenços, é baixo em países da Ásia, onde vamos focar." A ausência de investimentos no setor nos últimos - reflexo de outra crise, a de 2008 - também deve favorecer os negócios da Eldorado, acredita. "A demanda continuou crescendo, mas os projetos pararam." O plano da companhia é triplicar a capacidade de produção em Três Lagoas em 2021, atingido 5 milhões de toneladas por ano. "Começaremos a trabalhar nisso no dia seguinte à inauguração." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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