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Cotas dividem destino de carro asiático importado Novo regime limita a Kia, da Coreia, e favorece as chinesas Jac e Chery Em um mês, coreana já estoura teto anual; rivais da China têm folga maior porque anunciaram abrir fábricas no Brasil
DE SÃO PAULO Em um mês de vendas, a sul-coreana Kia já estoura o limite anual estabelecido pelo governo para importação de veículos sem o adicional de 30 pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O novo regime automotivo, divulgado na quinta, estipulou uma cota isenta da tributação maior para marcas sem fábrica no país e sem intenção de produzir localmente. O cálculo é feito com base nas importações de 2009 a 2011, mas está limitado a 4.800 unidades por ano. A coreana é a importadora de maior volume em atuação no país, responsável por 32% dos veículos trazidos do exterior, sem considerar os modelos vindos do Mercosul e do México, com regras diferentes de tributação. Em 2011, antes da adoção do adicional tributário para os importados, essa fatia era de 38,7% e o volume mensal de emplacamentos ficava próximo de 6.400 unidades. A alta do IPI pesou sobre as vendas deste ano, que caíram quase pela metade. A expectativa de que o governo criasse as cotas dava confiança aos importadores, mas os limites anunciados pelo governo desanimou uma parte deles. O horizonte de vigência da restrição -o regime vale até 2017- complica as operações da Kia no país. Com faturamento aproximado de R$ 5 bilhões, a coreana tem hoje 172 concessionárias e cerca de 8.000 funcionários no Brasil. Até agora, diferente de outros importadores, a empresa ainda não falou em produzir no país. Procurada, a Kia não quis comentar. CHINESAS Em seguida na ordem de volume de vendas de importados, JAC e Chery vivem outro momento. Com mais de 20 mil unidades emplacadas em 2011, elas comemoraram o novo regime. As duas já haviam anunciado fábricas e, portanto, poderão usar uma cota extra, incluída no regime, equivalente a 50% da capacidade de produção futura no Brasil, de 100 mil e até 150 mil unidades, respectivamente. As marcas de alto luxo, como Ferrari e Maserati, pouco devem ser afetadas pelas cotas. Há também um grupo intermediário (Volvo, Audi etc.), para o qual a restrição terá impacto, mas parcial. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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