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Audi estuda abrir fábrica no país, mas diz que é preciso estabilidade Vice-presidente da montadora afirma que pontos da nova legislação estão sendo avaliados Para o executivo, mudanças repentinas nas leis inviabilizam planejamento de médio e longo prazos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Há dois anos e meio no grupo Volkswagen, o italiano Luca De Meo assumiu no início do mês passado o cargo de vice-presidente mundial de marketing e vendas de uma das principais marcas do conglomerado alemão, a Audi. Antes, o executivo trabalhou na Fiat e atuou em diferentes países da Europa, da Ásia e da América Latina. De Meo está no Brasil para o Salão de São Paulo e conversou com a Folha sobre os planos da Audi no país. - Novo regime automotivo É fundamental que o mercado tenha estabilidade. Para fazer investimentos, é preciso pensar a médio e longo prazos. Mudanças repentinas nas condições da economia e na legislação inviabilizam esse planejamento. Vejo com bons olhos o pacote de medidas, mas é necessário que isso perdure para o mercado se tornar atrativo e seguro para novos investimentos. De qualquer forma, a Audi é uma marca do grupo Volkswagen, que atua há muito tempo no país e, por isso, aprendeu a trabalhar aqui. Saberemos de que forma agir. Fábrica no Brasil Tradicionalmente produzimos mais na Alemanha, mas a Audi trabalha com o objetivo de se tornar cada vez mais global. No momento, estamos mais focados nos três últimos grandes investimentos que anunciamos: a abertura de nossa terceira fábrica na China, uma nova fábrica no México e a produção de carros na Hungria, onde antes eram feitos apenas motores. Voltar a produzir no Brasil, claro, é opção no futuro. Há um estudo, ainda muito inicial, e precisamos ver todos os pontos da nova legislação. Crise na Europa A Audi tem obtido excelentes resultados. É uma marca muito lucrativa e sólida. A situação na Europa é delicada. Mercados como Espanha e Portugal vão muito mal, mas continuamos vendendo bem na Itália, na Alemanha e também nos EUA. E, como outros fabricantes, intensificamos nossa atuação em mercados que crescem como a China, onde somos líderes de venda em nosso segmento de atuação, e a Rússia. Esse processo inclui o Brasil, que deve se estabelecer como quinto maior mercado no acumulado deste ano. Novos produtos Vamos continuar trabalhando para fixar a imagem da Audi como uma marca "premium", caracterizada pela excelência no design, conforto e desempenho de nossos carros. No Salão de São Paulo, estamos mostrando o novo A3 e o S8, versão esportiva do sedã A8. A fábrica do México produzirá o Q5, que atenderá a diferentes países. E, como esse é um modelo que vende bem no Brasil, é possível que passe a ser importado de lá, mas isso não está definido. Produzir um SUV compacto, como o conceito Q2 Crosslane [exibido em setembro em Paris], é uma das ideias que temos. Mas o objetivo principal do protótipo é mostrar o futuro do design da marca. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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