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Ações de empresas voltadas ao mercado interno são recomendadas
Analistas esperam melhor desempenho das companhias no mês
Com o cenário econômico global ainda indefinido, ações de empresas ligadas ao mercado doméstico continuam liderando as recomendações de analistas em novembro, com destaque para a empresa de concessão de infraestrutura CCR e a varejista Pão de Açúcar.
Das 11 carteiras de ações recomendadas analisadas pela Reuters, CCR figurou em 7, enquanto Pão de Açúcar apareceu em 6.
Segundo analistas do BTG Pactual, CCR é "oportunidade única" de exposição ao setor de infraestrutura brasileiro, que deve receber investimentos nos próximos anos.
No caso do Pão de Açúcar, a avaliação é que empresa está "muito bem posicionada" no segmento de varejo de alimentos, conseguindo ampliar sua participação de mercado e acumular lucros.
A ação preferencial (sem direito a voto) da mineradora Vale voltou a ficar entre os principais nomes para novembro, com seis recomendações. Analistas apontam perspectivas mais favoráveis para a economia chinesa, ao menos no curto prazo.
"Vemos a Vale como o melhor veículo para capturar a estabilização do crescimento da China", afirmaram analistas do Credit Suisse em seu relatório de recomendações.
Ações do setor bancário também ganharam força em novembro. O Bradesco recebeu cinco recomendações e o Itaú Unibanco foi indicado por quatro corretoras, o que sinaliza ter passado o forte tombo do setor com o aumento da pressão do governo por redução de juros e "spreads".
"A maior parte dos fatores negativos para os bancos brasileiros já está precificada, na nossa visão, e o maior crescimento econômico pode levar a menores provisões", disseram analistas do Bank of America Merrill Lynch.
FOCO NOS EUA
Se em meses anteriores a crise europeia ocupava o centro das preocupações de investidores, em novembro o foco do mercado se voltou ao outro lado do Atlântico.
Às vésperas da eleição presidencial nos Estados Unidos, analistas mostram preocupação com o risco de um possível abismo fiscal no país.
O chamado "fiscal cliff" ("precipício fiscal") poderia ocorrer se republicanos e democratas não entrarem em acordo para evitar uma série de cortes automáticos de gastos e aumento de impostos no início de 2013.
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