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Programa ajuda, mas falta educação financeira, afirmam especialistas
DE SÃO PAULOO Brasil tem mais de 150 milhões de contas-correntes e em torno de 98 milhões de contas de poupança, de acordo com informações da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Esses números e o fato de a população brasileira ter pouca educação financeira, na avaliação do coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV (Fundação Getuulio Vargas), William Eid Júnior, podem justificar a procura pelos sites de controle das finanças.
"Os sites têm a sua utilidade, mas ainda falta propensão do brasileiro a usá-los", diz o professor da FGV.
Segundo o especialista, o brasileiro tem tendência para o consumo e o nível de endividamento das famílias é razoavelmente alto. "Não há cultura de poupança", diz.
De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio), o endividamento das famílias brasileiras ficou em 58,9% em setembro.
O presidente da Ordem dos Economistas do Brasil e do Conselho Regional de Economia de São Paulo, Manuel Enriquez Garcia, diz que o brasileiro é "fortemente" influenciado pela mídia a possuir cartões de crédito.
"O brasileiro é de boa-fé, acredita em propagandas e não percebe o engodo."
JOVENS
Para Garcia, os sites com ferramentas de controle financeiro podem ajudar, principalmente, a população jovem a ter mais contato com informações bancárias.
Segundo o fundador do bankFacil, Sergio Furio, os sites podem ajudar a população com suas poupanças e investimentos. Para ele, entretanto, ainda falta mais engajamento dos usuários.
"O grande desafio agora é fazer com que todas essas ferramentas façam parte do dia a dia das pessoas", diz Ricardo Pereira, presidente-executivo do Dinheirama Online.
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