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Gerentes também são vítimas do fundo
Ex-funcionários que vendiam a aplicação se associam a cotistas
Investidores dizem que fato de gerentes do Cruzeiro do Sul aplicarem no fundo dava mais confiança
Veterana do direito imobiliário, a advogada Viviane Amaral está entre os cotistas vítimas do FIP (Fundo de Investimento em Participações) do Cruzeiro do Sul, que perdeu o dinheiro investido.
Ela afirma que o gerente do banco foi ao escritório de advocacia oferecer a aplicação convicto de que se tratava de uma oportunidade de investimento, com retorno alto e bastante segurança.
Ela colocou o dinheiro para render enquanto esperava para comprar um imóvel.
"Não iria colocar esse dinheiro em risco. Eles vieram ao escritório oferecer a aplicação", disse a advogada, que se tornou a presidente da associação de cotistas.
Entre os associados, estão vários antigos gerentes do Cruzeiro do Sul, que, além de perder o emprego com a liquidação, também ficaram sem o dinheiro aplicado nos fundos do banco.
CONFIANÇA
Ricardo Esquenazi tinha um relacionamento de mais de 20 anos de confiança com o gerente. Tanto que mudou de banco quando o gerente foi para o Cruzeiro do Sul,
no qual sempre conseguia taxas interessantes para suas aplicações.
Ele afirma que é avesso a investimentos de risco, queria se manter longe da Bolsa e preferia investimentos de renda fixa.
Como o forte do Cruzeiro do Sul era o crédito consignado, ele achava que estava aplicando em fundos que tinham esses tipos de empréstimo, considerado de baixo risco.
"Tudo funcionava muito bem. Não tinha por que desconfiar. O gerente também aplicava o dinheiro dele nesse fundo. Isso dá muita credibilidade, afinal ele está todo dia no banco e conhece onde trabalha."