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Elétricas perdem 28% do valor na Bolsa

Investimento no setor deve aguardar definição sobre concessões, dizem analistas

DE SÃO PAULO

A proposta para a renovação das concessões do setor elétrico derrubou o valor das empresas mais afetadas em 27,5% desde 11 de setembro, data da assinatura da Medida Provisória sobre o tema.

Nesse período, o valor de mercado das principais elétricas com concessões a vencer entre 2015 e 2017 (Eletrobras, Cemig, Cesp, Copel e Cteep) passou de R$ 67,9 bilhões para R$ 49,3 bilhões, segundo a Economatica.

Se o investidor tem essas ações em carteira não é hora de se desfazer delas, afirmam analistas do setor.

E para quem pensa em aproveitar a queda dos papéis dessas companhias com o objetivo de "comprar na baixa" e lucrar no curto prazo, a recomendação é ter cautela.

Na avaliação de especialistas, o melhor a fazer é esperar até que as concessionárias decidam se vão aderir à renovação antecipada das concessões de acordo com as novas regras estabelecidas pelo governo federal.

Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros, diz que, para quem teve sangue frio e aguentou até agora, o pior já passou. "E quem ainda não entrou é melhor ficar fora", afirma.

Para Ari Santos, gerente da Commcor DTVM, as elétricas perderam a posição de "queridinhas" da Bolsa.

"É melhor esperar até o fim do ano. As empresas podem não assinar os contratos [têm até 4 de dezembro para fazê-lo]. Quem vender as ações agora vai assumir prejuízo."

QUEDA LIVRE

Desde a assinatura da MP, as ações das elétricas caíram até 42% na Bovespa -caso da ação preferencial da Cesp.

Os investidores reagem às exigências impostas pelo governo para renovar as concessões: a redução das tarifas a partir de 2013 e o valor das indenizações que serão pagas por ativos não amortizados -abaixo do estimado pelas empresas e por analistas.

"Ninguém achava que o governo iria decidir mudar as regras do jogo", diz Gabriel Laera, analista do setor de energia do BES Securities, sobre o governo ter decidido não renovar automaticamente as concessões pelos mesmos valores, como em 1995.

REAVALIAÇÃO

Para Laera, o momento é de reavaliar as ações das empresas. "Essa nova referência é o que vai balizar o setor. Não houve perda, houve a constatação de que aquele valor anterior não existe mais."

Apesar dos protestos das companhias, o analista do BES acredita que Cesp, Cemig e Copel aceitem a renovação das concessões.

Relatórios do analista apontam a Cesp como a mais prejudicada pelo novo cenário. Ele estima um "preço justo" para as ações da companhia em R$ 13 -abaixo do valor de fechamento do papel na última sexta-feira: R$ 16.

Segundo seus cálculos, o "valor justo" das ações da Cemig seria de R$ 26 -acima dos atuais R$ 22,95- e o da Copel, R$ 33 -ante R$ 27,18.


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