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Eike e BNDES lançam fábrica de chips de R$ 1 bi
Dependente do exterior, Brasil importa ao ano R$ 5 bi em componentes eletrônicos
A um custo de R$ 1 bilhão, a instalação da fábrica de semicondutores SIX, que tem Eike Batista entre os sócios, completa a cadeia da produção de chips no país, avalia o governo, sócio na indústria.
A Qualcomm, quarta maior projetista de chips do mundo, já havia entrado no país neste ano, por intermédio da administração federal.
Para o governo, a fábrica lançada ontem e que será construída em Ribeirão das Neves (MG) ajudará a conter a dependência externa de um componente cada vez mais presente na indústria.
"É uma alternativa à Ásia. Com o terremoto no Japão, algumas indústrias pararam", disse um técnico do governo.
Antes reservados às áreas de informática e de telecomunicação, os chips começam a ser usados em outras cadeias, como a de bens duráveis.
Ao ano, o país importa US$ 5 bilhões em componentes eletrônicos -a produção local gera só R$ 300 milhões, calcula o Ministério da Ciência e Tecnologia.
A IBM será a parceira tecnológica no empreendimento, que terá outras empresas. Também sócio, o BNDES entrará com R$ 245 milhões e terá 33% de participação, mesmo percentual da EBX.
O banco financiará ainda R$ 267 milhões -R$ 65 milhões via BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas). A Finep (fundo ligado ao Mcti) aportará R$ 202 milhões.
Até 2015, a fábrica deve empregar 300 funcionários.