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Turistas astronautas já geram US$ 10 mi
Economia espacial, que inclui atividades públicas e privadas, movimentou US$ 289,8 bilhões no ano passado
Empresários do Vale do Silício lideram a corrida espacial comercial, estimulada por cortes orçamentários da NASA
Ainda em seus primórdios, o turismo representa menos de 1% da economia espacial: faturou US$ 10 milhões (R$ 21 milhões) em 2011. Mas deve chegar a US$ 1,6 bilhão (R$ 3,4 bilhões) em uma década, segundo a consultoria americana Tauri Group, especializada nesse setor.
Essa renda será obtida apenas com os voos suborbitais. Voos mais distantes, para a Estação Espacial Internacional ou a Lua, vão levar bem mais de uma década para receber o turismo de massa.
Em outras atividades, a renda extraterrestre já alcança números significativos.
Relatório da Space Foundation, entidade privada dos Estados Unidos que estuda o setor, mostra que as atividades relacionadas com o espaço movimentaram US$ 289,8 bilhões (R$ 608 bilhões) no ano passado, alta de 12,2% sobre 2010.
Os números de faturamento da área incluem desde Orçamentos de governos até serviços e produtos relacionados a satélites, como aparelhos de navegação GPS.
Com as crescentes restrições orçamentárias, a Nasa, agência espacial americana, que deve gastar R$ 17 bilhões neste ano, tem buscado parcerias com a iniciativa privada. Isso tem impulsionado o setor e aberto caminho para inovações.
A iniciativa privada já é responsável por 75% de todo o faturamento espacial. E a corrida espacial comercial tem sido fomentada por bilionários do Vale do Silício.
Elon Musk, fundador do PayPal e controlador da SpaceX, firmou um contrato de US$ 1,6 bilhão (R$ 3,4 bilhões) com a Nasa para transportar carga, em 12 missões, para a Estação Espacial.
Uma delas trouxe urina de astronauta armazenada há mais de um ano na estação. As viagens não são tripuladas, mas a SpaceX está investindo para permitir que sua espaçonave transporte no futuro também astronautas.
Outro entusiasta do espaço é Jeff Bezos, o fundador da loja on-line Amazon. Ele está por trás da Blue Origin, empresa que desenvolve foguetes para levar três ou mais passageiros para ver a curvatura da Terra, a pouco mais de 100 km de altitude.
A empresa ainda não começou a vender bilhetes nem tem data para entrar em operação. Mas, segundo informações do site da Blue Origin, o plano é que os turistas astronautas pousem de volta na Terra de paraquedas.