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Ipea deixará de fazer previsões enquanto revê modelos de análise

Quase todo mundo errou nas projeções de 2012, justifica o coordenador do setor no instituto

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) está revendo seus modelos de análise da economia e, até concluir esse processo, não fará projeções de indicadores econômicos.

A informação foi dada ontem durante a apresentação da última edição da "Carta Conjuntura 2012", referente a dezembro, que historicamente analisa os indicadores oficiais da economia e faz previsões para o futuro.

Dessa vez, no entanto, não foram feitas projeções, para evitar possíveis erros de avaliação.

"Quase todo mundo errou nas projeções de 2012. Para evitarmos que isso aconteça, estamos revendo nosso modelo", disse o economista Fernando Ribeiro, coordenador do GAP (Grupo de Análise e Projeção) do Ipea.

MOVIMENTOS ATÍPICOS

Ribeiro diz que a economia está reunindo situações sem paralelo na história brasileira que precisam ser mais bem investigadas. Ele evita chamar de mistério, mas acha que são movimentos atípicos.

O primeiro movimento atípico seria o fato de o PIB (Produto Interno Bruto) não ter reagido da maneira esperada diante dos estímulos à produção, com desonerações fiscais em vários setores, da queda dos juros e do aumento do gasto público.

"A história mostra que, em momentos de expansão monetária [queda do juros] e fiscal [aumento do gasto do governo], a atividade econômica reage. Atualmente isso não acontece e ainda não está claro o motivo para isso", afirmou Ribeiro.

Um segundo movimento atípico seria a manutenção do nível de emprego diante de um PIB fraco.

O terceiro seria a queda do consumo de bens duráveis diante do pleno emprego e da expansão da renda da população.

"Não gosto de chamar de mistério, mas são situações que precisam ser mais bem avaliadas", afirmou Ribeiro.


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