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Com dificuldade de financiamento, Petrobras quer cortar R$ 32 bilhões

Empresa pretende reduzir custos nos próximos 4 anos, em plano que vai atingir todas suas áreas

Detalhes do plano foram anunciados dois dias depois de a agência Moody's ameaçar rebaixar nota da estatal

Frank Herholdt/Image Source
Plataforma da Petrobras no Rio de Janeiro; estatal pretende reduzir custos em R$ 32 bilhões nos próximos quatro anos
Plataforma da Petrobras no Rio de Janeiro; estatal pretende reduzir custos em R$ 32 bilhões nos próximos quatro anos
DO RIO

Com dificuldade para financiar seu robusto plano de negócios até 2016, de US$ 236,5 bilhões, a Petrobras anunciou ontem que pretende economizar R$ 32 bilhões nos próximos quatro anos com redução de custos.

"As iniciativas do Procop tratam especialmente do aumento da produtividade nos processos operacionais da companhia", informou a Petrobras em nota.

Todas as áreas terão ações para busca de eficiência, reunidas em 515 iniciativas de otimização de custo.

Segundo a estatal, se essas decisões tivessem sido implementadas em 2011, a economia teria sido de R$ 8 bilhões nos gastos gerenciáveis daquele ano (R$ 43 bilhões), uma queda de 19%.

Os detalhes do plano foram anunciados dois dias depois de a agência de avaliação de risco Moody's ameaçar rebaixar a nota da empresa devido, entre outros motivos, "crescentes níveis de dívida da companhia".

"Esse potencial será agora capturado gradativamente e progressivamente a partir de 2013", explicou a empresa, que, desde a posse de Graça Foster, em fevereiro deste ano, tenta "arrumar a casa" e vem modificando procedimentos consolidados pelo ex-presidente José Sergio Gabrielli (2005-2012).

A Transpetro, braço de transporte da empresa estatal, por exemplo, terá que reduzir as compras à vista e aumentar o uso de contratos e compras conjuntas de materiais com a holding Petrobras.

Nem a área de Exploração e Produção, a mais lucrativa, escapou dos cortes.

Segundo o Procop, a meta é reduzir o consumo de combustíveis nos equipamentos de produção offshore (no mar), diminuir o total de embarcações que atendem as plataformas e elevar o número de dias produtivos das sondas, entre outras medidas.

Na área de refino, a empresa vai buscar entre outras economias maior eficiência do custo de manutenção de rotina e das paradas programadas nas refinarias, além de buscar diminuir o consumo de produtos químicos nessas unidades.

A redução pretendida é maior do que toda a carteira de investimento da área de Gás e Energia (US$ 13,8 bilhões) e maior que o programa de desinvestimentos da companhia (US$ 14,8 bilhões), além de ser equivalente à necessidade anual de captações, de US$ 16 bilhões a US$ 18 bilhões por ano.

O detalhamento do Procop, que já havia sido anunciado sem detalhes em novembro, agradou o mercado e ajudou a valorizar a ação da companhia em mais de 3%, inflada também pela confirmação de ajuste de combustíveis em 2013 pelo ministro Guido Mantega.

Os diretores ficarão responsáveis pelas metas e a cada três meses os resultados serão levados ao Conselho de Administração da empresa.


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