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Outro lado
Estatais falam em economia de recursos em 2013
DE BRASÍLIAAs empresas do setor elétrico admitem a relação entre os cortes que começaram a ser feitos em seus investimentos e a menor tarifa de energia que será praticada a partir do próximo mês.
A Eletrosul, por exemplo, diz que, por causa da medida provisória que antecipou a prorrogação dos contratos, será preciso "rever a gestão de seus negócios e se ajustar à redução de suas receitas".
Por isso, a empresa suspendeu editais de patrocínio social e institucional em 2013. Apenas serão mantidos os projetos sócio ambientais relacionados aos empreendimentos da companhia.
Ao assumir que suas receitas serão reduzidas em 15% após a renovação da concessão, a Eletronorte também informa que vai reduzir à metade os patrocínios planejados para este ano.
A empresa afirma que vai diminuir o investimento, mas não vai "suspender ou cancelar projetos de responsabilidade social ou ações de patrocínios institucionais".
PRÉDIO INSERVÍVEL
A Chesf, que anunciou no site a suspensão do recebimento de propostas de patrocínio, não respondeu se vai cortar investimentos nos projetos sócio ambientais.
A empresa informou apenas que a entrega do hospital que financia desde a década de 1950 em Paulo Afonso (BA) para o governo do Estado vem sendo discutida há quase dez anos.
A empresa garante que essa negociação não será apressada por causa dos efeitos da medida provisória na receita.
A empresa respondeu também que o clube no centro de Recife, do qual ela se desfez, representava um alto custo, a começar pelo IPTU.
"Também não há relação direta com a MP, pois era um prédio inservível e existe recomendação legal para as empresas públicas se desfazerem de imóveis inservíveis", informou a Chesf por meio de nota.
Oficialmente, a Eletrobras diz ainda não ter previsão sobre a manutenção ou a redução dos investimentos que fará este ano na área de projetos sócio ambientais.
A empresa afirma que estão garantidos, somente, os relacionados aos empreendimentos em construção.
Procurado pela reportagem da Folha, o Ministério de Minas e Energia não comentou a reportagem. (FERNANDA ODILLA E JULIA BORBA)