São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2011

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'Experiência no Brasil foi difícil', afirma empresário americano

DO ENVIADO A SAN DIEGO

Irwin Jacobs guarda algumas más lembranças do Brasil. A Qualcomm investiu na Vésper, uma operadora de telefonia fixa. O plano era usá-la como plataforma para comunicação móvel, mas o governo brasileiro vetou.
"Tivemos muitos problemas, foi muito difícil", diz ele. O controle da empresa acabou repassado à Embratel.
De certa forma "invisível", sua tecnologia (chips para celular) está presente na grande maioria dos aparelhos em uso no Brasil.
Aos 77 anos, Jacobs já não acompanha o dia a dia da empresa como antes -passou o cargo de presidente para seu filho Paul.
Ele começou sua trajetória como professor do MIT. Em 1985, criou a Qualcomm.
Uma das primeiras tecnologias que desenvolveu, focada em rastreamento de dados, foi usada no Brasil numa associação com o ex-piloto Nelson Piquet -a empresa presta serviços como localização de caminhões.
Mas o passo mais importante de Jacobs ocorreu quando convenceu operadoras de telefonia da Ásia a usar o CDMA, tecnologia que ele havia criado.
A partir daí, a Qualcomm entrou no mercado americano de telefonia móvel e se expandiu pelo mundo.
Nunca conseguiu, porém, emplacar na Europa, onde o padrão GSM dominou. Com a chamada tecnologia de terceira geração (o 3G), a empresa recuperou o passo, já que o padrão utilizado inclui algumas de suas patentes.
Com 21 mil empregados e sem ter nenhuma fábrica de chip -todo seu trabalho se concentra no desenvolvimento do processador-, a Qualcomm faturou no ano passado US$ 11 bilhões. (RD)


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