São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2011 |
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Sites de descontos têm dificuldade em ganhar mais mercado nos EUA Comerciantes não conseguem criar fidelidade entre os consumidores; setor começa a sentir fadiga Groupon adiou IPO, enquanto Facebook e Yelp, que planejavam ingressar no segmento, mudaram de ideia DAVID STREITFELD DO "NEW YORK TIMES" Como outras empresas dos EUA, o spa Wellpath, da Madison Avenue em Nova York, tentou atrair clientes oferecendo cupons de desconto em sites de ofertas diárias. Os cupons atraíram jovens de toda a região metropolitana de Nova York. Mas apenas por uma sessão. "Depois, elas preferiram ir a outro spa que oferecesse descontos", disse Jennifer Bengel, diretora do Wellpath. "Não conseguimos criar fidelidade." Os sites de descontos diários eram a grande novidade há meses atrás. Agora, o mercado começa a sentir fadiga desses cupons. A oferta pública inicial do Groupon foi adiada repetidas vezes devido ao tumulto nos mercados de ações e a erros internos da companhia. Seus executivos dizem que a abertura de capital está a caminho, mas analistas afirmam que talvez não aconteça. Dezenas desses sites estão fechando as portas, se reformulando ou participando de fusões, entre os quais o Local Twist, de San Diego, e o RelishNYC, de Nova York. Facebook e Yelp, que planejavam ingressar no setor com aquisições, mudaram de ideia. Mesmo o maior dos sites de varejo on-line, Amazon.com, vem encontrando dificuldades para ganhar espaço no saturado mercado de Nova York, onde começou a oferecer descontos um mês atrás. Os sites, na prática, estão dizendo aos consumidores que eles jamais precisarão pagar o preço integral pelos produtos e serviços oferecidos. Já os comerciantes ouvem que obterão novos clientes que persistirão como compradores, pagando o preço integral. Portanto, era inevitável que surgissem decepções. Alguns empresários estão questionando a premissa do setor. Jasper Malcomson, co-fundador do site de descontos Bloomspot, compara as ofertas básicas de desconto às campanhas promovendo hipotecas para mutuários de risco, no boom da habitação. "As companhias ofereciam hipotecas a qualquer consumidor, não importava a capacidade real de pagamento", disse Malcolmson. "É preciso perceber que é impossível oferecer desconto se você não estiver ganhando dinheiro." Tradução de PAULO MIGLIACCI Texto Anterior: Nizan Guanaes: Niterói Próximo Texto: Internet: Yahoo e ABC News fazem parceria para dividir conteúdo Índice | Comunicar Erros |
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