São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2011

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ANÁLISE

Novo executivo planeja apostar suas fichas no jornalismo digital

DAN SABBAGH
DO "GUARDIAN"

Estamos todos com muita vontade de criticar a AOL, mas seria insensato fazê-lo.
Em algum lugar da memória coletiva vive a fusão com a Time Warner. Mas seria simplório pensar na AOL como companhia fadada ao fracasso quando ela tem um novo presidente-executivo, Tim Armstrong, com novo plano.
Ele deseja apostar o futuro de seu negócio no jorna- lismo digital, daí a aquisição do Huffington Post por US$ 315 milhões.
A AOL deseja enfrentar concorrentes como o "New York Times" e o "Washington Post" e talvez até mesmo o "Guardian".
Ariana Huffington usou a força de sua personalidade para construir uma força genuína na mídia dos Estados Unidos. O Huffington Post é um site que recebe 25 milhões de "unique visitors" ao mês, a espécie de tráfego que causaria alegria a qualquer organização de mídia.
E o negócio gera dinheiro real -o plano para este ano é uma receita de US$ 60 milhões, ante US$ 31 milhões no ano passado.
A AOL enfrenta problemas. O faturamento caiu 26% no ano passado, para US$ 2,4 bilhões, e a empresa teve prejuízo de US$ 728 milhões. O plano jornalístico de Armstrong tem contradições. Algumas de suas ideias têm qualidade irregular, como o projeto Patch, a iniciativa de jornalismo local da AOL.
Outras são deprimentes, como um memorando interno no qual ele recomenda que os funcionários escrevam cada qual de cinco a dez reportagens diárias.
Mas a AOL adquiriu o TechCrunch, um dos gran- des blogs de tecnologia do Vale do Silício, e agora o Huffington Post.
Isso pode surpreender as pessoas que se acostumaram a ouvir falar do declínio do setor tradicional de notícias, mas conteúdo noticioso é um dos principais fatores de atração de tráfego on-line.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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