São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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ANÁLISE

Maior dúvida é o legado que Mundial deixará para o país

PAULO COBOS
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE

Obras para Copa não têm a ver com a precisão de um relógio suíço. Isso serve tanto para países considerados ricos como para os pobres.
Quem esteve na final de 2002, em Yokohama, viu um estádio com sérios problemas de acabamento, como falta de forro e fiação à mostra.
Também era balela que os prestadores de serviços como táxi e hotelaria foram treinados para o evento. Tanto na Coreia como no Japão muitas vezes a mimica era a única forma de comunicação.
Na Alemanha, em 2006, foram gigantes os congestionamentos nas estradas que seguiam em reforma enquanto a bola já rolava. O badalado estádio de Berlim era cheio de pontos cegos.
Na África, estádios ficaram prontos a menos de dois meses do início do Mundial.
Mais do que atrasos generalizados, o que intriga no caso brasileiro é o legado real que a Copa de 2014 vai deixar para o brasileiro que não frequentar estádios. A comparação com os sul-africanos é inevitável.
O Mundial de 2010 deixou três aeroportos de causar inveja até a terminais de primeiro mundo (em Johannesburgo, Cidade do Cabo e Durban). Foram construídos uma linha de trem para um subúrbio chique e um corredor de ônibus -uma revolução para o transporte local, no mítico Soweto.
No caso brasileiro, o risco maior não é entregar obras em cima da hora ou durante o Mundial. Pior é entregar algo de qualidade duvidosa.


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