São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011 |
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FINANÇAS PESSOAIS MARCIA DESSEN marcia.dessen@bmibrasil.com.br Compre um plano que garanta renda mensal na aposentadoria Não raro, observamos que pessoas compram um plano de previdência complementar como estratégia de investir dinheiro e acabam sacando os recursos acumulados, algum tempo depois, para comprar um carro, pagar a escola dos filhos, reformar a casa ou cobrir despesas inesperadas. Embora essa seja uma possibilidade, a principal vocação desse produto é permitir a conversão, em renda, do capital acumulado durante a primeira fase do plano. A partir da data que define o início da segunda fase do produto, a fase dos benefícios, o participante passa a usufruir do fluxo contínuo de renda mensal. Essa característica do produto explica as taxas cobradas pelas seguradoras. Afinal, é o único produto que reúne o atributo de investimento com a possibilidade de contratar o pagamento de renda futura. Simplificadamente, o produto funciona assim: contrate um plano de previdência complementar (tipo PGBL ou VGBL) e acumule, durante a vida ativa, o maior capital possível. Defina a idade a partir da qual deseja converter esse montante em renda e, também, o valor da renda futura mensal desejada. Com base em diversas variáveis (idade atual, idade de aposentadoria, projeção de taxa de juros, custos, tributos, expectativa de vida, entre outros), a seguradora vai estimar qual é o capital necessário para "comprar" essa renda futura. A seguradora assume o risco de pagar uma renda mensal vitalícia supondo que você viverá, por exemplo, 80 anos. Se você viver mais do que o estimado, azar da seguradora. Se você morrer cedo -por exemplo, cinco anos depois de ter convertido sua reserva em renda-, sorte dela. Você comprou uma renda futura por 20 anos, por exemplo, e ela pagará somente por cinco anos.
RENDA FUTURA
TAXA DE JUROS
TÁBUA ATUARIAL
SIMULAÇÃO No quadro acima há uma estimativa de qual é o aporte mensal necessário durante a vida ativa de três personagens que desejam se aposentar aos 60 anos de idade, com renda futura de R$ 5.000, com as seguintes premissas: taxa de juros real bruta de 3% ao ano, tábua atuarial AT-2000 e beneficiário 15 anos mais novo.
MARCIA DESSEN, Certified Financial Planner, é sócia e diretora-executiva
do BMI Brazilian Management Institute, professora convidada da Fundação Dom Cabral e cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. |
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