São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 |
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BNDES pode deixar parceria com taiwanesa Foxconn Negociações entre banco e empresa, que prometeu iPad nacional e aportes de US$ 12 bilhões, emperraram LEILA COIMBRA DO RIO O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pode retirar o apoio à taiwanesa Foxconn, empresa que pretende instalar uma fábrica de tablets no país por US$ 12 bilhões. A produção do iPad brasileiro foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff em viagem à China no começo do ano, e a perspectiva era que a fabricação tivesse início ainda em 2011. Mas as negociações não estão avançando. Primeiro, a Foxconn fez uma série de exigências, entre elas a ajuda do governo para conseguir os recursos para o projeto. O dinheiro viria do BNDES. O governo também se comprometeu a ajudar a achar sócios privados. Mas o próprio ministro do MCT (Ciência e Tecnologia), Aloízio Mercadante, já disse que as empresas do pais não têm fôlego para o projeto. E a companhia taiwanesa deixou de ser a única opção para o governo. Outras 24 empresas já manifestaram interesse em produzir tablets no Brasil e já estão habilitadas. Entre as empresas interessadas estão Positivo, Envision, Motorola, Samsung, LG, Itautec, Samnia, Compalead, Semp Toshiba, AIOX e MXT. Para incentivar a produção nacional, o governo já publicou uma MP (medida provisória) que inclui na chamada "Lei do Bem" os computadores portáteis (tablets), que passam a ter isenção fiscal. Mas a Foxconn ainda não recebeu a licença oficial para produzir iPads no Brasil. Para isso, precisa constar na lista do MCT que a enquadraria no PPB (Processo Produtivo Básico). Isso permitiria baratear o preço final do tablet nacional em até 40%. Uma das exigências do governo para conceder o PPB é que 50% das telas de cristal líquido deverão ser fabricadas localmente até 2014. O governo cogitou flexibilizar o PPB, mas a alta do dólar também complica a Foxconn. Com a moeda americana a R$ 1,55, a empresa importaria peças e componentes a baixo custo. Mas agora a margem de manobra é baixa. As negociações com a Foxconn, segundo o MCT, têm duas linhas: uma é a fabricação ainda neste ano de iPhone e iPad em Jundiaí; a outra é instalar no Brasil uma fábrica de telas de LCD-TFT, tecnologia existente só em Japão, Coreia, China e Taiwan. Texto Anterior: Análise/Competição: Amazon aposta na conquista dos 'sem-tablet' Próximo Texto: Aumenta adesão à greve dos bancários no país Índice | Comunicar Erros |
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