São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Catadora desconhece destino do material

DE SÃO PAULO

A catadora de recicláveis Neusa Maria da Silva Magalhães, 51, não sabe ao certo o que acontece com as latas de alumínio que recolhe. Para ela, o que importa é a renda que obtém após o trabalho.
"Ouvi falar que eles reformam isso e reaproveitam tudo, mas não sei ao certo não", disse, após entregar 3,950 quilos de latas (250 unidades) em um depósito em São Paulo e receber R$ 8,60. Ela mora com o filho Joir Magalhães, 34, numa espécie de armazém transformado em moradia e em garagem de carrocinhas, na região central da cidade. Todo o sustento da família vem da reciclagem. "Nunca passei fome aqui em São Paulo." Neusa abandonou o pai, a mãe e 11 irmãos em Salvador (BA) para se aventurar em São Paulo. À época, tinha 20 anos e um filho para criar.
Na capital paulista, uniu-se a outro catador de papel e teve mais três filhos -dois meninos e uma menina. Eles nasceram na Santa Casa e, em seguida, foram encaminhados ao Conselho Tutelar. Desde então, Neusa nunca mais os viu. (JV e VBF)


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