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Novo presidente se projetou ao financiar partido
DA ENVIADA A ASSUNÇÃOO novo presidente do Paraguai é um homem polêmico. Dono de um maiores conglomerados do país, o empresário Horacio Cartes, 56, vive sob a sombra de acusações de ligação com o narcotráfico e lavagem de dinheiro e não tem qualquer preocupação com o discurso politicamente correto.
"Deve ser porque sou novo na política", justifica-se sempre o homem que nunca havia se candidatado a cargo eletivo, mas que sempre esteve ligado à política por seu dinheiro.
Com a derrota colorada em 2008, Cartes avançou no partido justamente por dar à legenda o que ela mais precisava na época: financiamento.
Dentro do Partido Colorado, gerou divisões e, em junho passado, foi acusado por Lugo de ter arquitetado um "golpe" que resultou em seu impeachment-relâmpago. Em seu site de campanha, Cartes chegou a destinar um espaço só para tentar responder às acusações contra ele.
Entre elas, está a de que, há 30 anos, obteve dólares por um preço preferencial do Banco Central paraguaio para vendê-los na cotação paralela, motivo pelo qual chegou a ser preso no fim dos anos 80.
Seu nome também é citado no relatório da CPI da Pirataria, de 2004, pelo envolvimento da sua empresa Tabesa no contrabando de cigarros para o Brasil, e em telegrama de 2010 vazado pelo WikiLeaks, supostamente ligado a uma rede de lavagem de dinheiro e narcotráfico. Cartes nega tudo.
O colorado é divorciado de María Montaña, com quem teve três filhos: Juan Pablo, 28, Sofía, 25, e María Sol, 15.
Nas últimas semanas, comprou briga com a comunidade LGBT ao criticar o casamento gay.
Perguntado sobre como reagiria se seu filho se assumisse homossexual, ele respondeu: "seria como atirar nos meus próprios testículos". (IF)