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Rebeldes sírios sequestram 4 soldados da missão da ONU
Em março, o mesmo grupo havia apanhado 21 observadores
O grupo rebelde sírio Mártires de Yarmuk disse ontem ter sequestrado quatro soldados de missão de paz das Nações Unidas nas colinas de Golã. Todos são filipinos.
A informação foi confirmada pela Folha com as Nações Unidas, que dizem que os membros da força de paz foram capturados próximos a Al Jamla, na fronteira entre a Síria e o território ocupado por Israel em 1967.
Um porta-voz da ONU afirmou que há esforços em andamento para garantir a segurança dos soldados capturados, mas não confirmou que haja um contato direto com os Mártires de Yarmuk.
Em comunicado oficial, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, condenou o ato e pediu que haja soltura imediata e "que todas as partes respeitem a liberdade de movimento e a segurança" das forças de paz.
Em março deste ano, o mesmo grupo de insurgentes havia apanhado 21 observadores da ONU, também filipinos. Eles foram libertados após três dias.
Os rebeldes afirmam que, diante dos riscos pelo conflito no vale de Yarmuk, estão mantendo os soldados em cativeiro para protegê-los.
O anúncio foi feito pelo Facebook, incluindo uma fotografia dos membros da ONU vestindo um uniforme em que se lê "Filipinas".
REUNIÃO
Rússia e Estados Unidos anunciaram ontem um acordo em Moscou para propor a organização "o mais rápido possível" de uma conferência internacional sobre a Síria, e que possibilite um acordo político entre os rebeldes e o ditador Bashar Assad.
O anúncio foi feito ontem após encontro do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em visita à capital russa, com o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
O acordo pretende intensificar a pressão diplomática para que o conflito seja encerrado. "A alternativa é que a crise humanitária cresça. A alternativa é que possa haver até uma ruptura da Síria", advertiu Lavrov, que afirmou não estar preocupado com a manutenção ou não de Assad no poder.