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Conflito nas Filipinas deixa ao menos 53 mortos
Apesar de anúncio de cessar-fogo, confronto entre Exército e separatistas chega ao 6º dia
Os confrontos entre Exército e rebeldes separatistas muçulmanos nas Filipinas se intensificaram ontem no sul do país, quebrando um cessar-fogo que deveria ter entrado em vigor e deixando muitos moradores sem casa ou com pouco suprimento.
No sexto dia de conflitos, o número de mortes chega a 53. Segundo o Exército filipino, foram mortos 43 rebeldes. Estes chegaram a disparar contra as tropas e a sequestrar civis para usar como escudos humanos.
Dezenas de pessoas ficaram feridas e mais de 62 mil foram evacuadas. Centenas de casas estão arrasadas, e um hospital, em chamas.
Tanto o presidente Benigno Aquino quanto seu vice, Jejomar Binay, voaram até a cidade de Zamboanga para acompanhar as operações.
A ofensiva dos rebeldes acontece um mês depois de o líder da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN) ter exigido a independência da região de Mindanao e de outras ilhas do sul.
CESSAR-FOGO
Na noite de sexta-feira, Binay afirmou ter conversado por telefone com o líder rebelde Misuari e terem acordado um cessar-fogo, além de terem feito negociações para a resolução do conflito.
Entretanto, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Ramon Zagala, disse que os militares não tinham conhecimento de nenhum acordo de cessar-fogo com os rebeldes.
"Nós não recebemos nenhuma ordem. Continuamos nossas operações até que seja indicado o contrário", afirmou ele.