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Starbucks não quer clientes com armas em seus cafés
Rede americana fez pedido em carta divulgada por seu executivo-chefe
Comunicado vem após 12 serem mortos em Washington; rede era acusada de simpatizar com lobby das armas
O executivo-chefe da rede de cafeterias Starbucks, Howard Schultz, pediu em carta aberta a seus clientes para que não entrem armados em seus estabelecimentos nos Estados Unidos, informou a empresa ontem.
"A presença de uma arma em nossos estabelecimentos é inquietante e preocupante para muitos de nossos clientes", assinalou a carta divulgada no site da empresa.
O texto foi divulgado após mais uma tragédia envolvendo um atirador no país --no caso, o assassinato de 12 pessoas na segunda-feira por um homem em uma base da Marinha em Washington.
A Starbucks se transformou de forma involuntária em um ponto de atrito entre os defensores do uso de armas em público e aqueles que defendem controle mais rígido de venda e porte.
Muitos dos quase 7.000 estabelecimentos da Starbucks no país se encontram em regiões cuja legislação permite o uso de armas em público.
Em agosto, houve um grande encontro nas cafeterias da Starbucks promovido pelas organizações a favor do porte de armas em público.
"Os ativistas a favor das armas usaram nossos estabelecimentos como um cenário político, para organizar eventos que de forma enganosa retratam a Starbucks como uma defensora do porte de armas em público", assinalou Schultz em sua carta.
No entanto, ele assegurou que não proibirá a entrada nem pedirá a ninguém que deixe seus estabelecimentos por estar armado.