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Com nome de felino, batalhão é 60% feminino
DO ENVIADO A HAR KERENOs soldados do batalhão de Caracal têm, enquanto treinam, algo em comum com o felino que dá nome ao grupo: a aparência praticamente igual entre machos e fêmeas.
Quando foi criado, em 2000, o batalhão recebeu o nome desse gato selvagem de orelhas pontudas como uma maneira de enfatizar a decisão militar de, pela primeira vez no Exército de Israel, permitir mulheres em combate.
Hoje, o batalhão é 60% feminino. No treinamento acompanhado pela Folha, garotas cumpriam as mesmas tarefas de garotos, inclusive carregar o mesmo peso e manejar as mesmas armas.
"Somos fortes o suficiente para isso", diz Aya Brandt, 18, descansando à sombra em um oásis no deserto. Como todas as mulheres em Israel, ela é obrigada a cumprir dois anos de serviço militar. Por conta própria, escolheu adicionar um ano no Exército para ser combatente.
"Eu vim do centro do país, onde há mar e festas", brinca. "Bem diferente daqui."
'SABABA'
Slav Zehavi, 20, dirige uma célula do grupo. Ela conta que "desde pequena quis ser combatente". "Há mais adrenalina com armas. É muito satisfatório."
"O combate forma a sua personalidade. Servir por três anos é divertido, é sababa'", diz, usando a gíria corrente para situações tranquilas. "Eu não estava doando o suficiente para o meu país antes de combater", afirma.
A participação de mulheres no Exército, na linha de frente, faz parte do debate público em Israel. As regras são hoje idênticas para os dois gêneros, incluindo a permanência delas na reserva, mesmo após serem mães.
"Tem havido mais procura por soldados mulheres", diz um comandante. "Elas são excelentes nas relações humanas, têm habilidade para conectar as pessoas. O desafio, para nós no Exército, é o mesmo. Fazer de um civil um combatente."