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Iêmen diz haver terroristas do Brasil no país

Segundo presidente iemenita, eles estariam entre combatentes da Al Qaeda mortos; governo brasileiro não confirma

Para analistas, destacar presença estrangeira é guerra de propaganda do governo do Iêmen contra a rede terrorista

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente do Iêmen, Abd Rabbu Mansur Hadi, disse ontem que há brasileiros entre os terroristas da rede Al Qaeda mortos em seu país --sem, porém, citar nomes nem dizer quantos eles seriam.

A informação não foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro até a conclusão desta edição. Ontem, em nota, a assessoria do Itamaraty informou que estava "averiguando a veracidade das informações".

A declaração de Hadi foi feita durante uma cerimônia de graduação na academia de polícia de Sanaa, a capital iemenita, e divulgada pela Saba, a agência oficial do país.

Em seu discurso aos formandos, o presidente do Iêmen afirmou que "70%" dos terroristas da Al Qaeda que operam no país provêm de outras regiões do mundo.

"Quem tem dúvida sobre isso deveria ir aos necrotérios e ver os cadáveres de pessoas cujos países se recusam a aceitá-las", declarou Hadi, conforme o relato de Adam Baron, correspondente do site americano McClatchy DC.

"Eles [os terroristas] são do Brasil, da Holanda, da Austrália, da França e de outros países estrangeiros", acrescentou o presidente iemenita.

Hadi afirmou ainda aos formandos que os estrangeiros "não se importam com a situação do Iêmen, nem mesmo se o país for destruído".

Ontem, uma ofensiva do Exército no sul do país terminou com a morte de 18 militares e 12 supostos integrantes da Al Qaeda na Península Arábica, braço da rede terrorista que opera naquela região.

PROPAGANDA

Analistas veem as declarações do presidente do Iêmen como uma guerra de propaganda contra a Al Qaeda, que se aproveita da insatisfação com seu governo para arregimentar terroristas no país.

Assim, Hadi destaca a suposta origem externa da maioria dos combatentes para tentar mostrar que a "agenda" da Al Qaeda não é iemenita, mas de estrangeiros interessados na desestabilização do Iêmen.

Ao mesmo tempo, há relatos de que a presença de terroristas estrangeiros no país --vindos principalmente da Síria, em cuja guerra civil lutaram-- aumentou de fato.


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