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Extremistas islâmicos dizem ter matado 1.700 militares no Iraque

Se confirmado, ataque é uma das piores atrocidades cometidas na região nas últimas décadas

Exército iraquiano não confirma crime, mas diz que já possui relatos de massacres em áreas sob controle dos militantes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os militantes extremistas que tomaram na última semana o controle de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e avançam em direção à capital Bagdá, afirmaram terem matado 1.700 militares iraquianos.

O chamado Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), que já esteve ligado à Al Qaeda, publicou na internet, neste domingo (15), imagens do suposto massacre.

Se confirmado, o episódio será uma das piores atrocidade em massa acontecidas tanto no Iraque quanto na Síria, nos últimos anos.

Dado que os militantes, sunitas, destacaram o fato de suas vítimas serem xiitas, o episódio também possui potencial de inflamar a violência sectária, como visto durante a guerra do Iraque (2003-2011).

Nas imagens, os combatentes mascarados do EIIL aparecem levando supostos soldados iraquianos para caminhões e forçando-os a manter o rosto baixo. Eles aparecem também sendo colocados em uma vala rasa, com os braços amarrados atrás das costas. Nas últimas fotos, aparecem os corpos dos prisioneiros ensanguentados.

Nas legendas, o EIIL atribui os assassinatos a uma represália pela morte de um comandante do grupo, Abdul-Rahman al-Beilawy.

Nenhuma fonte independente atestou a veracidade nem das fotos nem das reivindicações feitas pelos militantes islâmicos.

O porta-voz do Exército iraquiano Qassim al-Moussawi disse acreditar que as imagens sejam autênticas e disse estar ciente de que ocorreram casos de assassinatos em massa de soldados iraquianos em áreas controladas pelo EIIL.

No entanto, ele disse à agência de notícias Associated Press que um exame das imagens feito por peritos militares iraquianos afirma que cerca de 170 soldados foram mortos, e não 1.700.

Segundo o jornal americano "The New York Times", também não há relatos de um grande número de funerais na área da Província de Salahuddin, cuja capital é Tikrit, onde as execuções teriam sido realizadas.

"Estamos tentando verificar as fotos, e não estou convencido de que elas sejam autênticas", disse Erin Evers, pesquisadora da ONG de protação aos direitos humanos Human Rights Watch no Iraque.

Também neste domingo, surgiram relatos de que os insurgentes invadiram a cidade iraquiana de Tal Afar. Testemunhas da agência de notícias Reuters na cidade afirmaram que houve muitas mortes entre os militares iraquianos.


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