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ONU decide retirar 58 funcionários de Bagdá
Organização acredita que grupo terrorista EIIL cometeu crimes de guerra no Iraque
A ONU retirou parte dos seus diplomatas do Iraque nesta segunda (16). A saída é reflexo da escalada do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
A organização levou 58 funcionários para Amã, na Jordânia. Outra retirada pode acontecer nos próximos dias.
Para a chefe de direitos humanos da ONU, é quase certo que rebeldes da EIIL cometeram crimes de guerra ao executar centenas de homens no Iraque nos últimos dias. Os extremistas divulgaram fotos e vídeos de execuções. Porém, a autenticidade das imagens não foi confirmada.
No domingo (15), os EUA já haviam anunciado a retirada de parte de seus funcionários no país. Austrália e Turquia também já retiraram seus representantes do Iraque.
O Itamaraty anunciou que não pretende retirar os funcionários da embaixada brasileira. Apenas sete pessoas trabalham no local --quatro brasileiros e três iraquianos.
Os temores de um ataque a Bagdá aumentaram depois que os rebeldes conquistaram a cidade de Tal Afar.
O local é considerado um ponto importante, pois fica próximo a uma área da Síria já controlada pelo EIIL, o que permitiria ao grupo fazer a ligação entre os dois países.
Oficiais do Exército iraquiano confirmaram nesta segunda que um helicóptero da Aeronáutica foi derrubado próximo a Falluja, deixando dois militares mortos. A cidade é controlada pelo EIIL.
Segundo a rede saudita Al Arabiya, já existem combates nas proximidades de Bagdá, mas a informação não foi confirmada oficialmente.
A ofensiva do EIIL começou há uma semana. O grupo, braço da Al Qaeda no Iraque, pretende criar um califado islâmico no país e na Síria.