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Líder da oposição venezuelana responde a acusações de golpe
Ex-deputada María Corina é investigada pelo Ministério Público
A ex-deputada da oposição venezuelana María Corina Machado compareceu nesta segunda (16) perante o Ministério Público após denúncias de que estaria envolvida em um suposto plano para tirar do poder o presidente Nicolás Maduro e assassiná-lo.
Ela chegou à sede da Procuradoria Geral da República às 9h local (7h30 de Brasília). Ao sair, às 17h30 (19h de Brasília), disse que falou "a verdade com a consciência de quem sempre trabalhou de acordo com a Constituição".
Machado disse que não poderia dar detalhes de sua declaração. Mas afirmou que é "mais evidente do que nunca" a ausência de provas contra ela. "Estou sendo alvo de uma investigação tendenciosa, onde não tenho direito ao mais elementar, que é a defesa"
Aliados de Maduro denunciaram, no final de maio, um suposto plano para assassinar o presidente e tomar o poder na Venezuela. O golpe estaria sendo liderado por Machado. Como prova, eles apresentaram uma série de e-mails supostamente escritos por ela.
Machado teve seu mandato como deputada revogado no final de março pela Assembleia Nacional, controlada pelo chavismo.
A alegação foi de que ela representou outro país (o Panamá) em uma sessão da OEA (Organização dos Estados Americanos) sem autorização prévia do Parlamento, o que é inconstitucional. Ela alega que pretendia denunciar a situação dos direitos humanos na Venezuela.