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Juiz mantém acusação contra irmã do rei espanhol
Infanta Cristina é suspeita de crime fiscal
Um juiz espanhol decidiu nesta quarta-feira (25) manter a acusação contra a infanta Cristina, 49, irmã do recém-empossado rei Felipe 6º, por supostos crimes fiscais.
Com isso, está aberta a possibilidade de que ela vá a julgamento. Seria a primeira vez que um integrante da família real senta no banco dos réus.
O juiz José Castro afirma que, em seu entendimento, Cristina cooperou com o marido e um ex-sócio dele em uma operação para desviar mais de € 6 milhões dos cofres públicos por meio de um instituto chamado Nóos, uma sociedade sem fins lucrativos.
O marido de Cristina, Iñaki Urdangarin, 46, foi presidente do instituto entre setembro de 2003 e março de 2006 e é, ao lado dela, o criador da empresa Aizoon, para a qual teria sido destinada pelo menos uma parte do total de dinheiro desviado.
Urdangarin deve ser julgado por desvio, prevaricação, falsidade ideológica, tráfico de influência, falsificação, fraude, fraude ao governo e dois delitos fiscais pelo suposto desvio de fundos públicos ao Instituto Nóos.
Tanto a Promotoria quanto o advogado da infanta, Miquel Roca, já disseram que recorrerão da decisão.
Em nota, a Casa do Rei da Espanha, instituição real espanhola, expressou "pleno respeito à independência do Judiciário".