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Acusado de ataque terrorista na Líbia chega a Washington
Abu Khattala será julgado nos EUA por suspeita de ter matado o embaixador americano em Benghazi em 2012
Comandante de milícia se declarou inocente de conspirar para o terrorismo em audiência
Ahmed Abu Khattala, o principal suspeito de liderar o ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, que matou o embaixador Christopher Stevens e outros três funcionários do país em 2012, chegou neste sábado (28) a Washington, segundo autoridades dos EUA.
A bordo de um navio da Marinha, ele aportou em Nova York e, de helicóptero, foi levado à capital, Washington.
Khattala compareceu à corte ainda no sábado e se declarou inocente do crime de chefiar e proporcionar apoio material a um ato terrorista.
Outras acusações, no entanto, ainda podem ser apresentadas contra ele.
A operação para prender Ahmed Abu Khattala ocorreu no último dia 15 nos arredores de Benghazi, sem a participação do governo líbio.
Em comunicado na data da captura, o presidente Barack Obama disse que o acusado sentirá "o peso da Justiça": "Desde os ataques a nossas instalações em Benghazi, estabeleci como prioridade encontrar e levar à Justiça os responsáveis pelas mortes de quatro bravos americanos".
Desde sua captura, Abu Khattala era mantido prisioneiro no navio New York, que estava no mar Mediterrâneo. Por duas semanas, foi interrogado sobre suas ligações com os atentados terroristas.
Um membro das forças secretas disse ao "New York Times" que ele "cooperou".
JUSTIÇA COMUM
O secretário da Justiça dos EUA, Eric Holder, afirmou que o caso correrá na Justiça comum.
Washington não é um destino comum para suspeitos de terrorismo serem julgados --a maioria dos casos vai para tribunais de Nova York ou de Alexandria, na Virgínia.