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Expulsar espião americano era inevitável, diz ministro alemão
Acusações de que os EUA teriam espionado geraram mal-estar
A decisão da Alemanha de pedir que o diretor da CIA em Berlim deixe o país era inevitável depois dos casos de espionagem realizados por Washington, disse nesta sexta-feira (11) o ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier.
"Tomar uma ação era inevitável, na minha opinião. Nós precisamos e esperamos uma relação baseada em confiança", declarou.
"Nossa decisão de pedir ao atual representante dos serviços de inteligência dos EUA que deixe a Alemanha é a decisão certa, um passo necessário e uma reação de acordo com a quebra de confiança que ocorreu", afirmou.
O agente deve deixar a Alemanha em breve.
Ele defendeu, porém, a aliança entre Berlim e Washington e disse que irá conversar com o secretário de Estado americano, John Kerry, no fim de semana. Os dois vão se encontrar em Viena, durante as negociações de um acordo nuclear com o Irã.
A relação dos dois países está estremecida em razão de uma série de denúncias da Alemanha sobre a espionagem feita por Washington.
Entre os casos, estão dois supostos espiões americanos infiltrados em serviços de segurança alemão --um no Exército e outro na BND, a agência de inteligência.
Além disso, Berlim também reclama da espionagem feita pela NSA (Agência de Segurança Nacional) norte-americana contra a chanceler Angela Merkel, como revelado pelo ex-analista Edward Snowden.