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Nova reunião sobre o Irã acaba sem acordo
Negociadores do país e de potências têm só uma semana para elaborar um acordo final sobre programa nuclear
Envolvidos descartam estender prazo por mais de três meses; continua a desconfiança quanto à natureza do programa
Seis representantes de grandes potências mundiais se reuniram neste domingo (13) com iranianos, em Viena, numa tentativa de avançar as discussões sobre o polêmico programa nuclear do país.
O objetivo era acelerar a chegada a um acordo, já que a data limite para isso é o próximo domingo, dia 20.
Os envolvidos consideram improvável que haja uma extensão longa deste prazo. As melhores perspectivas são as de que, sem acordo, as discussões se prolonguem por, no máximo, mais três meses.
Os EUA, representados na reunião pelo secretário de Estado John Kerry, são os principais opositores a qualquer extensão do período. No entanto, neste domingo, tanto Kerry quanto o vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi, admitiram que as principais diferenças entre os países permanecem.
O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, afirmou que a reunião não levou a um grande avanço, mas foi importante para que os ministros discutissem o assunto. Ele insistiu que os encontros continuarão na próxima semana e cobrou "mais realismo" dos iranianos.
O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, disse que "agora é hora de o Irã decidir se quer cooperar com a comunidade internacional ou continuar isolado".
Também participaram da reunião delegados de França, Rússia e China. Os chanceleres dos dois últimos estão no Brasil para a cúpula dos Brics e, por isso, enviaram altos diplomatas como substitutos.
Os seis países querem que o Irã reduza suas capacidades de produção nuclear, para que não tenha meios de produzir rapidamente bombas atômicas. Em troca, haveria suspensão das sanções internacionais que operam contra o país, prejudicando sua economia.
O Irã afirma estar enriquecendo urânio para fins energéticos pacíficos e reluta em reduzir sua produção.