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Premiê diz que país não precisa de ajuda externa DE LONDRESEm uma rara entrevista coletiva, convocada ontem à tarde na tentativa de acalmar os mercados e a comunidade internacional, o primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que a Espanha não precisa de um pacote de resgate, embora os indicadores sejam preocupantes. O premiê culpou a incerteza sobre a continuidade da moeda única como responsável pelos problemas recentes do país com os mercados. Quanto à nacionalização do Bankia, Rajoy argumentou que o Estado recuperará a quantia a ser aplicada: "Quando a instituição estiver saneada, será vendida e vamos recuperar o investimento", declarou. Outra linha de defesa para a medida foi a declaração de que, caso um banco quebrasse, todo o país seria abalado. Ainda não foi definido de que forma os € 19 bilhões de resgate serão repassados ao banco, mas especula-se que a Espanha o fará com base em emissão de títulos da dívida. O chefe de governo reconheceu, porém, que "é muito difícil se financiar" quando a nota de risco da Espanha está acima de 500 pontos e reiterou que, em pouco tempo, o país não conseguirá mais acesso a recursos de investidores estrangeiros. Rajoy foi eleito no fim do ano passado, mas já sofre com a impopularidade por conta das medidas de austeridade que vem implementando para reduzir os gastos, a dívida e o deficit do país. O premiê se comprometeu com as autoridades da União Europeia a reduzir o deficit espanhol em 2012 para 5,3% do PIB. No ano passado, o deficit estava em 8,5% do PIB. A Espanha enfrenta nova recessão econômica (dois trimestres seguidos de contração do PIB) e conta com a pior taxa de desemprego entre os países que integram a zona do euro: 24,4%. Para jovens entre 15 e 24 anos, o índice chega a mais de 50%, taxa comparável apenas à vivida pela Grécia, que terá novas eleições em junho. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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