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Caminhão-bomba na Síria explode perto de hotel que abriga ONU Atentado em Damasco é reivindicado por duas brigadas rebeldes; três pessoas ficaram feridas, afirma o governo Bombardeios no norte do país matam pelo menos 20; saldo de mortos no país foi de 193, segundo ativistas
Em meio a confrontos entre insurgência e regime, uma bomba explodiu ontem em Damasco, em local próximo ao hotel em que estão hospedados observadores da ONU. Segundo a mídia estatal, três pessoas ficaram feridas, nenhuma delas ligada à ONU. Dois grupos assumiram a autoria conjunta -a Brigada dos Descendentes do Profeta e a Brigada al Habib al Mustafa. Eles afirmam que o ataque, planejado pelo Exército Livre da Síria, matou 50 soldados, contrariando a versão do governo de que houve apenas três feridos pela bomba. O atentado chamou a atenção não tanto pelo dano causado, mas por ser o segundo no período de quatro semanas, dando conta do avanço da capacidade rebelde de organizar ataques na capital. Há um mês, um atentado a bomba matou membros de alto escalão do regime, incluindo o ministro de Defesa. Para Faisal Mekdad, vice-ministro do Exterior da Síria, a explosão de ontem provou "a natureza bárbara e criminosa de quem executa esses ataques -e de seus apoiadores na Síria e no exterior". A bomba foi detonada por volta das 8h, no horário sírio, em um caminhão de combustível estacionado atrás do hotel Dama Rose. Veículos da ONU ficaram cobertos de pó. Não está claro qual era o alvo do atentado, apesar da proximidade com o hotel. Há na região um clube de oficiais do Exército e uma construção de propriedade do partido Baath, que governa a Síria. Valerie Amos, chefe de assuntos humanitários da ONU em visita a Damasco, estava em reunião com representantes da União Europeia no momento da explosão. Ela tuitou, em seguida, que estava com dificuldades para visitar uma área ao norte da capital. "Esperando em um posto de controle para entrar em Duma. Som de bombardeio. Não pude entrar." As forças leais a Assad bombardearam, ontem, a cidade rebelde de Azaz, no norte da Síria. Ao menos 20 pessoas morreram, incluindo crianças, segundo ativistas. Membros da oposição afirmam que houve, ontem, 193 mortes por todo o país. LÍBANO No vizinho Líbano, em que a política síria tem grande influência, um clã xiita disse ter sequestrado mais de 20 sírios após um integrante ter sido detido em Damasco. O grupo pede a soltura de Hassan al Meqdad, em posse do Exército Livre da Síria. O incidente aumentou o temor de que o conflito sírio se espalhe para o Líbano. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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